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GOLPISTA!

Com apoio do 'agro', General Braga Netto financiou a tentativa de golpe

Dinheiro foi entregue em uma sacola de vinho para os 'kids pretos'

Braga Netto agiu a serviço de Bolsonaro, que deve o próximo a ser preso. Foto: Igor Soares

O general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi apontado pela Polícia Federal (PF) como financiador de um plano golpista.

O plano teria surgido após uma reunião na casa de Braga Netto, em 12 de novembro de 2022, envolvendo membros da cúpula militar e aliados políticos.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, declarou que Braga Netto foi responsável por fornecer o financiamento das ações ilegais, incluindo o monitoramento de alvos.

Segundo Cid, o dinheiro foi entregue em uma sacola de vinho, e o valor teria sido obtido com o auxílio de pessoas ligadas ao agronegócio.

Braga Netto foi preso neste sábado, 14 de dezembro de 2024, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou sua atuação preponderante no golpe.

A PF indicou que o general teve um papel fundamental na organização e execução dos atos criminosos, além de tentar obstruir as investigações.

O ex-ministro teria tentado obter informações sigilosas sobre o acordo de colaboração de Cid com a PF, além de interferir nas apurações.

O golpe planejado envolvia militares, conhecidos como "kids pretos", que monitoraram autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, e prepararam atentados.

O grupo também fez levantamentos sobre a rotina de outras figuras públicas, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin.

Braga Netto foi indiciado por crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

A Procuradoria Geral da República (PGR) deve decidir, após o recesso do Judiciário, se denunciará Braga Netto, Bolsonaro e outros envolvidos no caso.