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INVESTIGAÇÃO

Delator do PCC, Gritzbach levava R$ 1 milhão em joias quando foi executado

Gritzbach era réu por lavagem de R$ 30 milhões para o PCC

Gritzbach levava na bagagem joias e objetos de valor que somavam mais de R$ 1 milhão Foto: Reprodução

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, carregava uma bagagem com mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor, quando foi executado na 6ª feira (8.nov.24) no Aeroporto de São Paulo.

Gritzbach havia denunciado esquemas criminosos do PCC e corrupção policial ao Ministério Público.

A bagagem continha 38 itens de luxo, incluindo anéis, pulseiras e colares de marcas renomadas.

Foram encontrados R$ 620 em dinheiro vivo, um relógio Rolex e um celular Apple.

Fontes indicam que ele estava em Maceió para cobrar uma dívida de um conhecido.

MOTIVAÇÃO

Gritzbach era réu por lavagem de R$ 30 milhões para o PCC, operando com imóveis e postos de gasolina.

Ele colaborou com investigações sobre crimes da facção, o que pode ter motivado sua morte como vingança.

O delator teve influência no "tribunal do crime" e em execuções dentro do PCC.

Antes de entrar para o crime, Gritzbach era corretor de imóveis no Tatuapé e fez negócios com Cara Preta, traficante do PCC.

Ele ajudava Cara Preta a comprar imóveis de luxo e fornecia “laranjas” para esconder sua identidade.

Gritzbach também investiu R$ 200 milhões em criptomoedas com Cara Preta, mas se recusou a devolver parte do dinheiro.

A discussão entre eles levou ao assassinato de Cara Preta em 2021, crime que o Ministério Público acredita ser ordenado por Gritzbach.

ASSASSINATO DO DELATOR

O assassinato ocorreu às 16h de sexta-feira, quando Gritzbach desembarcava de Maceió.

Dois homens encapuzados dispararam pelo menos 29 tiros contra ele.

Gritzbach foi atingido por 9 disparos, incluindo 4 no braço, 2 no rosto e 1 no tórax.

No tiroteio, o motorista Celso Araujo Sampaio de Novais foi baleado e faleceu no hospital.

Um funcionário do aeroporto e uma mulher na calçada também foram feridos.