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SONORA (MS)

Guerra entre facções deixa rastro de sangue com uma morte e prisões

Envolvidos respondem por homicídio qualificado, corrupção de menor e formação de quadrilha

Armas apreendidas pela polícia - Divulgação

No final de semana, Sonora, município distante 361 quilômetros de Campo Grande, foi palco de uma série de confrontos violentos entre membros de facções criminosas, resultando em uma morte e várias detenções.

Na 2ª feira (04.nov.24), a Polícia Civil divulgou detalhes sobre os crimes e informou que os ataques foram motivados por disputas entre grupos criminosos rivais de origem paulista e carioca.

Conforme nota da Polícia Civil, no sábado (2.nov.24), dois indivíduos em uma motocicleta, associados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), dispararam contra E.C.G.A., de 28 anos, e R.F.R., de 29, ligados a rivais do Comando Vermelho. E.C.G.A. foi atingido no dedo e R.F.R. nas nádegas. Após o ataque, a Polícia Civil iniciou buscas para identificar os atiradores, que ainda estão foragidos.

No domingo (3.nov.24), como retaliação, integrantes do CV foram até a residência de Francisco dos Santos, conhecido como “Tico” — simpatizante da facção paulista — e dispararam contra ele, resultando em sua morte. Segundo as investigações, Tico teria prestado apoio aos autores dos disparos que feriram E.C.G.A. e R.F.R., o que o tornou alvo de vingança.

Prisões e apreensões

A Polícia Civil, em colaboração com a Polícia Militar, localizou uma motocicleta amarela e capacetes usados nos crimes. Em operação conjunta, os policiais seguiram o rastro dos suspeitos, chegando até um táxi que os havia transportado para Ouro Branco (MT).

Os agentes prenderam M.N.S., de 25 anos, e um adolescente, D.T.V., de 14 anos, que confessou onde haviam escondido as armas usadas nos ataques. Três armas foram encontradas em uma residência na Rua Mato Grosso do Sul, centro de Sonora.

Na sequência, os policiais localizaram P.R.L.S., de 26 anos, que admitiu ter conduzido a motocicleta no ataque. Outra pessoa, J.P.S., apelidado de “Fred” e de 25 anos, foi identificada como um dos principais operadores da facção carioca, auxiliando M.N.S. e P.R.L.S. nos atos criminosos.

Os três adultos responderão por homicídio qualificado, corrupção de menor e envolvimento em organização criminosa, enquanto o adolescente será responsabilizado pelos atos infracionais correspondentes.