PRESÍDIO MILITAR
Policial que matou esposa e amante é encontrado morto em presídio
Homem suspeitava que mulher tinha caso com corretor de imóveis
O policial militar Lúcio Roberto Queiroz Silva, de 41 anos, foi encontrado morto em sua cela no Presídio Militar de Campo Grande no domingo (03.nov.24). Condenado a 32 anos e 8 meses de prisão pelo duplo homicídio da esposa, Regianni Rodrigues de Araújo, e de Fernando Enrique Freitas, amigo da família e suposto amanda de Regianni, o militar cumpria pena desde janeiro, após julgamento que desconsiderou um laudo psiquiátrico que atestava transtorno mental parcial.
De acordo com o boletim de ocorrência, Queiroz foi localizado na cela 12 pouco após uma videochamada com a namorada, e o caso foi registrado pela polícia como suicídio. A Polícia Civil e a Perícia Técnica estiveram no local para investigar as circunstâncias da morte, e o corpo será levado para Paranaíba, município onde o crime ocorreu e que fica a cerca de 400 km da capital.
O crime ocorreu em outubro de 2019, em Paranaíba. Na época, Queiroz, que atuava na Polícia Militar Ambiental, confessou ter matado a esposa e o corretor de imóveis a tiros, após receber mensagens insinuando uma possível traição. Em 2022, foi submetido a exame que indicou semi-imputabilidade, com recomendação de tratamento para controle de impulsos, mas o laudo não foi suficiente para impedir sua condenação.
Além da pena de reclusão, Queiroz foi condenado a pagar R$ 210 mil em indenização aos familiares das vítimas.