NO PARANÁ
'Sem implicações criminais', diz polícia após criança matar 23 animais
Menores de 18 anos não podem ser condenados a penas por crimes
A Polícia Civil do Paraná divulgou que não há implicações criminais no caso do menino de 9 anos que, no domingo (13.out.24), invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais na cidade de Nova Fátima. O caso chocou a comunidade, uma vez que a criança esquartejou, desmembrou e atirou os bichos de pequeno porte contra a parede.
Conforme divulgado pelo Metrópoles, a polícia explicou que como o autor dos fatos é uma criança, “não há implicações criminais”. Além disso, as autoridades informaram que “o boletim de ocorrência e outras informações foram repassados ao Conselho Tutelar”.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê que menores de 18 anos são inimputáveis, ou seja, não podem ser condenados a penas por crimes. Contudo, a partir dos 12 anos, já podem sofrer sanções como medidas socioeducativas caso cometam ato infracional análogo a algum crime.
Violência
O hospital havia sido inaugurado no dia anterior, sábado (12), em meio às comemorações do Dia das Crianças. A ação brutal foi flagrada por câmeras de segurança e gerou comoção nas redes sociais.
Segundo o boletim de ocorrência, o proprietário do hospital acionou a Polícia Militar após chegar ao local e encontrar os animais mortos. Ao verificar as imagens das câmeras de segurança, ele identificou que o responsável pela invasão foi o menino, que permaneceu na fazendinha do hospital por aproximadamente 40 minutos.
O garoto teria arremessado alguns dos animais contra as paredes, além de esquartejá-los e mutilá-los. Entre os 23 animais mortos, 15 eram coelhos. O menino foi identificado e não apresentava histórico de violência.
Ele morava com a avó e havia visitado o hospital veterinário no dia anterior. Inicialmente, os proprietários pensaram que ele tivesse entrado no local apenas para brincar com os bichos, mas as imagens mostraram o ato cruel cometido pela criança.
O veterinário Lúcio Barreto, responsável pelo hospital, descreveu o impacto de encontrar os animais mortos e o sentimento de impotência diante da situação. “É uma situação horrível, a gente, que já há muitos anos cuida dos bichinhos com o maior prazer, com o maior amor, e, de repente, no dia de uma festa seguinte de Dia das Crianças, chegar e se deparar com uma cena daquelas é uma sensação horrível de impotência, de tristeza”, lamentou em entrevista divulgada pelo Metrópoles.