COMBATE AO TRÁFICO
MS aumenta apreensões e tira 407,5 toneladas de drogas das ruas
Ao todo, apreensões cresceram 33%
O número de apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul cresceu 33% entre janeiro e setembro deste ano, totalizando 407,5 toneladas de entorpecentes retirados de circulação, conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). No mesmo período do ano passado, o volume apreendido pelas forças estaduais de segurança foi de 307,4 toneladas. A maconha continua sendo a droga mais apreendida no Estado, com 387,7 toneladas, seguida por skunk (8,4 toneladas) e cocaína (7,5 toneladas).
A maior parte das apreensões (367,6 toneladas) ocorreu no interior do Estado, especialmente nos 55 municípios que estão na linha e faixa de fronteira. De acordo com o diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), coronel Wilmar Fernandes, o aumento nas apreensões se deve ao "investimento em capacitação e inteligência", além da troca de experiências com outros estados. "Em menos de um ano nós realizamos dois cursos de policiamento especializado de fronteira [...] Acredito que essa troca de experiências, informações de inteligência, de imediato refletiu no aumento das apreensões de drogas", afirma o coronel.
O delegado Ivan Barreira, diretor do Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil (DPE), também ressalta o impacto positivo do trabalho de inteligência no combate ao tráfico. "Esse aumento no número de apreensões é resultado de um trabalho mais efetivo de todas as forças de segurança [...] que vem fortalecendo todo o emprego investigativo e propiciando esses resultados", destaca Barreira.
Em Campo Grande, o crescimento das apreensões foi ainda mais expressivo, com um aumento de 92% no período analisado. A Capital registrou 39,9 toneladas de drogas apreendidas, comparado a 20,7 toneladas no ano anterior. Assim como no restante do Estado, a maconha foi a droga mais apreendida (35,3 toneladas), seguida pela cocaína (3,9 toneladas) e pasta base de cocaína (555,2 quilos). Não houve apreensões de haxixe e crack na cidade neste ano.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, atribui os resultados ao "empenho e dedicação" dos servidores e aos investimentos feitos pelo Governo de Mato Grosso do Sul. "Esse crescimento demonstrado pela estatística reflete o empenho e dedicação dos nossos servidores no combate ao crime, bem como resulta dos investimentos em inteligência, no reaparelhamento da segurança pública, com novas viaturas e armas, por exemplo, e da contratação de novos policiais", enfatiza o secretário.
Embora as apreensões tenham aumentado significativamente, as prisões por tráfico de drogas tiveram um crescimento modesto de 4% no Estado e, em Campo Grande, houve uma queda de 10%, indicando uma preferência dos criminosos por grandes carregamentos.