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ELEIÇÕES

Fort Atacadista entra na mira do MPT por assédio eleitoral

Superiores convocaram funcionários para reunião política em pleno expediente

Foto Ilustrativa

O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) emitiu na 5ª feira (03.ou.24) duas novas recomendações no inquérito civil n.º 001735.2024.12.000/5, que apura casos de assédio eleitoral no Fort Atacadista, localizado na Praia de Canasvieiras, em Florianópolis. O procurador do Trabalho Sandro Eduardo Sardá, após ouvir novas testemunhas, decidiu orientar o candidato à Câmara de Vereadores da capital, Adriano Roberto Weickert, conhecido como "Adriano da Pesca", e o ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro.

As investigações comprovaram que ambos participaram de atos políticos dentro da empresa no dia 1º de outubro de 2024, durante o horário de expediente, em uma reunião convocada pelos superiores hierárquicos. Na ocasião, material de campanha foi distribuído, e "Adriano da Pesca" pediu votos para si, enquanto Gean Loureiro solicitou votos em apoio a outros candidatos. Essas ações, segundo o MPT, configuram assédio eleitoral, pois tinham como objetivo influenciar o voto dos trabalhadores.

A recomendação direcionada a Weickert e Loureiro orienta que ambos "abstenham-se de realizar reuniões, distribuições de material de campanha eleitoral ou quaisquer atos de natureza político-partidária no interior do Fort Atacadista, ou de qualquer outra empresa". O documento ainda destaca que os dois devem garantir o direito dos trabalhadores à livre orientação política e à liberdade de filiação partidária, sem qualquer medida que possa influenciar o voto.

O MPT alerta que o descumprimento dessas recomendações poderá resultar em ações extrajudiciais e judiciais cabíveis, além da apuração de responsabilidades criminais, visando à defesa da ordem jurídica e do regime democrático.