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PERSEGUIÇÃO

'Stalkeadora' do MS fez 15 vítimas e chegou a acusar o ex de estupro

Mulher mandava até entrega de comidas e noticiou falsamente um óbito

Foto Ilustrativa

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Atendimento à Mulher de Paranaíba (DAM), a 407 quilômetros de Campo Grande, prendeu preventivamente, na última 2ª feira (30.out.24) uma mulher de 35 anos, residente em São José do Rio Preto (SP), acusada de perseguir e 'stalkear' ao menos 15 pessoas. A ação foi realizada com o apoio do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil de São Paulo (GOE) e incluiu o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

A prisão é resultado de uma investigação que identificou vários casos de perseguições praticadas pela suspeita ao longo de dois anos. Uma das vítimas, um homem que havia terminado um relacionamento com a mulher e se mudado para Paranaíba, passou a receber ameaças. Em uma tentativa de prejudicar o ex-companheiro, a suspeita denunciou falsamente que havia um “estuprador de crianças” na cidade, o que mobilizou as autoridades locais, mas a acusação foi considerada infundada.

As investigações apontaram que a suspeita usava chips de telefone cadastrados em nome de terceiros, incluindo suas próprias vítimas, para realizar as perseguições. Ela também utilizava redes sociais como Facebook, WhatsApp e Instagram para intimidar e difamar as pessoas envolvidas. Além disso, fazia denúncias falsas ao Ministério Público, tentando comprometer a reputação das vítimas.

Em casos extremos, a mulher fazia publicações ofensivas nas redes, enviava pedidos de entrega de alimentos às residências das vítimas e até noticiou um falso óbito a uma funerária. Diante das evidências, a Justiça autorizou a prisão preventiva da mulher para garantir a ordem pública. Após a prisão, a suspeita permaneceu em silêncio durante o interrogatório. A Polícia Civil destaca o papel importante da Delegacia de Atendimento à Mulher de Paranaíba no atendimento às vítimas e na condução do caso.