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FAIR PLAY

Servidor do Ministério do Esporte chefiou desvio de R$ 190 milhões em projetos

Investigados criaram associações e empresas com sócios em comum para burlar a lei

Valores apreendidos pela PF em operação - Divulgação

Grupo chefiado por um ex-servidor do Ministério do Esporte é  investigado pelo desvio de mais de R$ 190 milhões de projetos esportivos em todo o país. A Polícia Federal deflagrou na segunda-feira (30.set.24) a Operação Fair Play, com o objetivo de desarticular o esquema.

Em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), além do bloqueio de ativos financeiros dos investigados. O esquema envolvia desvios de recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, com suporte do ex-servidor, que acabou exonerado.

As investigações revelaram que, entre 2019 e 2023, cinco entidades sem fins lucrativos captaram mais de R$ 190 milhões em recursos destinados a projetos, por meio de renúncia fiscal federal.

As entidades criaram associações e empresas com sócios em comum para burlar o limite de projetos por associação, além de direcionar contratações para empresas ligadas aos próprios dirigentes.

Essas empresas emitiam notas fiscais fraudulentas para simular gastos com os valores captados. Além do desvio de recursos, a operação identificou movimentações financeiras suspeitas, indicando a prática de lavagem de dinheiro.

Os envolvidos poderão responder por crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As investigações continuam para apurar a extensão dos danos e o envolvimento de outros suspeitos no esquema.