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DROGA MÁGICA

Guru espiritual administrava cogumelos alucinógenos para tratar depressão

Homem ganhava R$ 50 mil por mês com terapias ilegais

Droga apreendida pela Polícia Civil de Goiás - Divulgação

A Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil de Goiás, prendeu em flagrante na 5ª feira (26.set.24) um homem que se apresentava como guru espiritual, suspeito de cultivar e comercializar cogumelos alucinógenos em todo o Brasil. A ação fez parte da Operação Toad, que desmantelou o esquema operado pelo suspeito há cerca de seis meses dentro de um escritório de advocacia, usado como fachada.

De acordo com a investigação, o homem utilizava as redes sociais para vender cogumelos da espécie psilocybe cubensis, conhecidos popularmente como "cogumelos mágicos", e outros produtos derivados, como chocolates e cápsulas, que continham psilocibina, uma substância alucinógena proibida no Brasil conforme a portaria nº 344/98 da Anvisa. Os produtos eram enviados pelos Correios para diversas partes do país.

Além de comercializar os cogumelos, o suspeito se apresentava como "guia espiritual e terapêutico" e promovia cerimônias religiosas nas quais ministrava as substâncias proibidas como suposto tratamento alternativo para depressão, ansiedade e outros transtornos mentais. Segundo a investigação, o homem faturava aproximadamente R$ 50 mil por mês com as vendas e cobrava R$ 2,5 mil por sessão de atendimento.

Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado. Em um dos locais, que funcionava como escritório de advocacia pertencente ao pai do suspeito, foi descoberto o laboratório clandestino. No local, o suspeito armazenava e manipulava a maior parte dos cogumelos e produtos derivados.

Todo o material apreendido foi encaminhado à Superintendência da Polícia Técnico-Científica para análise, e após a confirmação da presença da substância ilícita, o suspeito foi autuado em flagrante com base no art. 33 da Lei 11.343/06. Ele foi levado para uma unidade prisional e permanece à disposição da Justiça.