ANTÔNIO JOÃO (MS)
"Um marco que deve ser celebrado", diz deputado Zeca sobre retomada de terras indígenas em MS
O papel do STF na mediação do conflito foi considerado crucial
O deputado Zeca do PT, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), celebrou o acordo anunciado em Brasília para resolver o conflito envolvendo a Terra Indígena Ñande Ru Marangatu, em Antônio João.
Em um contexto de tensões que se arrastam há mais de 30 anos, o entendimento foi construído por meio do diálogo entre o Governo Federal, Governo do Estado, Supremo Tribunal Federal (STF), comunidades indígenas e produtores rurais.
Zeca destacou a importância do momento, afirmando: "Essa solução, acordada por todos os envolvidos, é um marco que deve ser celebrado por todos nós".
O deputado também elogiou a iniciativa do presidente Lula (PT), que em sua visita a Campo Grande, em abril, propôs uma parceria entre a União e o Estado para a aquisição de terras, visando pacificar a região. Ele mencionou: "Essas ações demonstram a disposição do governo em reconhecer e valorizar os direitos dos povos indígenas".
O papel do STF na mediação do conflito foi considerado crucial. O deputado lembrou a visita dos ministros Wellington Dias e Paulo Teixeira, que, junto ao governador Eduardo Riedel (PSDB), discutiram a necessidade de uma abordagem colaborativa. "Temos a certeza de que este é o caminho certo para o entendimento e a pacificação no campo", afirmou Zeca, expressando otimismo quanto ao futuro das relações na região.
Ele também ressaltou a criação do Ministério dos Povos Indígenas como um avanço significativo: "É um passo inédito que demonstra o compromisso do governo com a justiça social e o respeito às comunidades indígenas". Zeca acredita que o acordo em Antônio João pode servir como referência para resolver outras disputas no estado, destacando a importância de um diálogo contínuo entre as partes envolvidas.
Com esse acordo, o deputado vislumbra um futuro mais justo e sustentável para Mato Grosso do Sul, onde "os direitos de todos os cidadãos são respeitados". A esperança é de que essa conquista leve a uma convivência mais harmônica entre indígenas e produtores rurais, promovendo um ambiente de paz e entendimento. Ao final, Zeca concluiu: “Estamos no rumo certo e a construção de um Brasil mais inclusivo começa aqui".