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VALE DA CELULOSE

MS recebe R$ 25 bilhões da Arauco para o Projeto Sucuriú

Previsão é que a fábrica comece a operar no segundo semestre de 2027

Comitiva de MS visitou fábrica da Arauco no Chile em 2023. Foto: Bruno Rezende

A multinacional chilena Arauco confirmou na 4ª.feira (25.set.24), um aporte de R$ 25 bilhões para o Projeto Sucuriú, que será instalado em Inocência (MS), próximo ao rio Sucuriú.

O investimento, que equivale a US$ 4,6 bilhões, representa o maior projeto na história da Arauco, que com isso instalará a primeira fábrica de celulose do grupo chileno no Brasil. 

O governador Eduardo Riedel destacou que a nova unidade será um motor de desenvolvimento social e econômico para a região. "A estratégia de desenvolvimento sustentável do estado tem atraído grandes investimentos, reforçando a confiança dos investidores", afirmou.

Além do investimento bilionário, a Arauco firmou parceria com a finlandesa Valmet para tecnologia e equipamentos. Essa planta será a primeira fábrica de celulose branqueada do grupo no Brasil, com capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas de celulose anualmente.

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a fábrica que já está com as obras em andamento na cidade de Inocência, dependia desta aprovação para dar andamento ao projeto.

"A fábrica já está licenciada, iniciou as obras de terraplenagem mas dependia essencialmente da definição da tecnologia que  iria utilizar e qual fornecedor de equipamentos iria fazer toda estruturação da obra em Inocência. O que foi aprovado agora no conselho de administração foi exatamente a ampliação dessa planta. A grande notícia é que o Mato Grosso do Sul que já tinha uma planta em Ribas do Rio Pardo de 2,5 milhões de toneladas de celulose, considerada a maior fábrica e linha única do mundo, agora terá uma unidade com a sua capacidade ampliada. Então a Arauco anuncia uma fábrica de 3,5 milhões de toneladas, ou seja entre o empreendimento anterior e este nós ganhamos uma unidade adicional de um milhão de toneladas", comemorou Verruck.

"São notícias relevantes para o nosso vale da celulose, que tem se demonstrado de alta tecnologia, de alta performance, de ampliação significativa da base de produção de florestas. O Estado mostra mais uma vez que é uma referência mundial, toda essa estrutura do Vale de Celulose, com um anúncio por parte da Arauco, de ampliação da sua capacidade produtiva para 3,5 milhões de toneladas", comentou.

O diretor-presidente da Arauco no Brasil, Carlos Altimiras, ressaltou a importância de utilizar tecnologia de ponta e práticas sustentáveis.

Atualmente, o projeto está na fase de terraplanagem e a previsão é que a fábrica comece a operar no segundo semestre de 2027, gerando até 14 mil empregos durante a construção. A unidade contará com sistemas automatizados para maximizar a eficiência energética e minimizar resíduos e emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se com as práticas da indústria 4.0.

O escopo do Projeto Sucuriú inclui uma planta de gaseificação que produzirá biocombustível e caldeiras projetadas para geração de energia a partir de biomassa. Com uma capacidade de mais de 400 megawatts (MW) de eletricidade, a fábrica será capaz de abastecer uma cidade de 800 mil habitantes com a energia excedente. A iniciativa evidencia o compromisso da Arauco com a sustentabilidade e a circularidade na indústria.

Na avaliação do titular da Semadesc, a fábrica terá uma alta capacidade de produção de energia limpa.

"O próprio comunicado estabelece uma energia, uma produção de 220 megawatts adicionais que vão ser colocados na rede, isso permitiria abastecer uma cidade praticamente do tamanho de Campo Grande. Além disso, eles vão consumir quase 200 mega, então produz 400 mega e 220 mega são colocados no mercado. Para isso, nós acabamos de licenciar recentemente um linhão ligando Inocência a fábrica, até o município de Selvíria, em Ilha Solteira, onde essa energia será alocada na rede nacional", completou Verruck.