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CRIME AMBIENTAL

PF mira grileiros que queimaram Pantanal para exploração da pecuária

Ação realizada em MS envolve polícia e órgãos ambientais

Imagem mostra área queimada no Pantanal - Divulgação

Na manhã desta 6ª feira (20.set.24), a Polícia Federal lançou a Operação Prometeu com o objetivo de combater crimes de incêndio, desmatamento e exploração ilegal de terras da União na região de Corumbá, Mato Grosso do Sul.

A ação, realizada em conjunto com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais) e a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), cumpre sete mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Corumbá.

As investigações apontam que as áreas incendiadas em 2024 têm sido alvo recorrente de crimes ambientais e, posteriormente, de grilagem. As fraudes visam a ocupação ilegal de aproximadamente 6.419 hectares de terras da União, utilizadas para exploração econômica por meio da pecuária.

Até o momento, foram identificadas cerca de 2.100 cabeças de gado na área, embora se estime que mais de 7.200 animais tenham sido criados ao longo do período investigado. A perícia da Polícia Federal constatou que os danos ambientais e econômicos causados pela exploração da área pelo grupo investigado ultrapassam R$ 220 milhões.

Os envolvidos responderão pelos crimes de incêndio em mata ou floresta, desmatamento, exploração econômica de área pública, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa, conforme suas responsabilidades.

A operação foi nomeada "Prometeu" em referência à mitologia grega, onde o personagem roubou o fogo dos deuses para entregá-lo aos homens, sendo castigado por Zeus por seu mau uso. A analogia reflete o uso inadequado do fogo para a expansão da pecuária no bioma do Pantanal.