GOVERNO DA DESTRUIÇÃO
Funcionários ambientais descumpriram ordens de Bolsonaro para 'destruir mais a natureza'
Apesar desses esforços, o impacto ambiental foi devastador
Em março de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou claro seu plano durante um jantar em Washington: “O Brasil não é um terreno aberto onde nós pretendemos construir coisas para o nosso povo. Nós temos é que desconstruir muita coisa. Desfazer muita coisa. Para depois nós começarmos a fazer". Esta declaração refletiu uma abordagem que, ao longo de seu governo, causou impactos profundos e negativos no meio ambiente, especialmente na Amazônia.
Durante o governo Bolsonaro, a administração desmantelou políticas ambientais cruciais. O Plano de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia (PPCDAM), iniciado no primeiro governo Lula e que foi fundamental para reduzir o desmatamento e as emissões de gases de efeito estufa, foi amplamente ignorado e enfraquecido.
A pesquisa de Mariana Costa Silveira, da Universidade de Lausanne, revela a resistência de funcionários de instituições como ICMBio, Ibama e Funai. Esses servidores continuaram a trabalhar para combater a degradação ambiental, mesmo sob intensa pressão e ameaças. Muitos deles realizaram suas atividades de forma “clandestina” para manter a fiscalização e proteção ambiental durante a gestão anterior.
Apesar desses esforços, o impacto ambiental foi devastador. A seca severa, os incêndios florestais e a escassez de água, que atingiram níveis alarmantes, são em grande parte resultados das políticas de desregulação promovidas pelo governo Bolsonaro. A famosa frase do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, “passar a boiada”, exemplifica a atitude de desrespeito pelas leis ambientais e aceleração da destruição da Amazônia.
Agora, o governo de Lula enfrenta o desafio de reverter os danos deixados. A Amazônia, que enfrenta recordes de queimadas, precisa de uma abordagem renovada e eficaz para lidar com as consequências da gestão anterior. Lula e sua administração estão empenhados em mitigar os impactos da seca e combater as queimadas. O presidente Lula prometeu ações para enfrentar a estiagem e restaurar a integridade ambiental da região.
A administração atual tem a tarefa crucial de reparar os danos e reconstruir políticas ambientais robustas. O esforço para reverter o legado de destruição ambiental e promover a preservação é vital para proteger a Amazônia e garantir o bem-estar das comunidades locais.