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FRAUDE

Bancários, servidores do INSS e despachantes deram golpes de R$ 8,7 milhões na previdência

Investigação revelou a existência de 27 benefícios fraudulentos, a maioria obtida em 2010

Documentos apreendidos em operação policial - Divulgação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (11) a Operação Estelião II, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida em fraudes em benefícios previdenciários em diversas cidades do Rio de Janeiro. Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão, além de três medidas cautelares, incluindo o afastamento de servidores públicos. As ações ocorreram nos municípios de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Armação dos Búzios, Belford Roxo, Duque de Caxias e Rio de Janeiro.

Essa é a segunda fase da operação, que teve início em dezembro de 2023. Na ocasião, foram apreendidos 27 cartões bancários, 70 documentos de identificação falsos e um manuscrito contendo dados de 21 benefícios previdenciários, além de outros materiais que indicaram fraudes em larga escala. Também foi descoberta uma carteira da OAB obtida ilegalmente por um dos investigados, que se passava por advogada para facilitar os crimes.

A investigação revelou a existência de 27 benefícios fraudulentos, a maioria obtida em 2010, resultando em um prejuízo estimado de R$ 8,71 milhões aos cofres públicos. Além dos mandados de prisão e apreensão, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados no valor equivalente ao prejuízo, além do sequestro de 11 imóveis.

Entre os envolvidos, estão gerentes bancários, servidores do INSS, despachantes e outras pessoas que colaboravam para manter o esquema de fraudes. Os investigados responderão por crimes de associação criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem ultrapassar 26 anos de prisão, além de outros crimes que podem ser descobertos ao longo da investigação.