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ESCÂNDALO

Acusado de assédio, Silvio de Almeida vira alvo de novas denúncias

Assédios incluíam toque nas pernas, beijos e comentários de cunho sexual

Ministro enfrenta graves acusações - Clarice Castro - Ascom/MDHC

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, está no centro de graves acusações de assédio sexual que envolvem tanto colegas de governo quanto alunas de seu passado como professor universitário. As denúncias ganharam força após a organização Me Too Brasil, que oferece suporte a vítimas de abuso e assédio, divulgar relatos de mulheres que afirmam ter sido assediadas pelo ministro.

Entre as vítimas mencionadas nos relatos está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, segundo informações da imprensa, embora o comunicado oficial da organização não tenha citado seu nome diretamente.

De acordo com a reportagem do portal Metrópoles, os supostos assédios de Silvio Almeida incluíam comportamentos inadequados, como toques inapropriados nas pernas de Anielle Franco, beijos durante cumprimentos e comentários de cunho sexual.

A publicação afirma ainda que o caso já teria chegado à Controladoria Geral da União (CGU), órgão responsável por investigar casos de assédio no funcionalismo público, embora não esteja claro se alguma providência oficial já foi tomada. O assunto também seria de conhecimento de outros ministros e assessores próximos ao governo.

Silvio Almeida, por meio de nota oficial enviada à imprensa, negou categoricamente todas as acusações, afirmando tratar-se de "mentiras" e repudiou as alegações com veemência. Até o momento, Anielle Franco e outras figuras do governo, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não se manifestaram publicamente sobre o caso.

Além das denúncias mais recentes, o histórico do ministro também foi questionado em uma reportagem da Revista Veja, que trouxe à tona supostos casos de assédio que teriam ocorrido durante o período em que Silvio Almeida lecionava na Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, entre 2007 e 2012.

Estudantes da instituição relataram à coluna de Matheus Leitão que o professor supostamente oferecia notas melhores em troca de favores sexuais, especialmente para alunas que corriam risco de reprovação.

Silvio Almeida, que foi professor na São Judas Tadeu por 14 anos, até 2019, também negou essas acusações. A coluna afirma que as mulheres que denunciaram os recentes episódios de assédio ao Me Too Brasil podem dar novo fôlego a esses relatos antigos.