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AMAZONAS

Mulher é presa suspeita de obrigar babá do filho a fazer programas sexuais e depois matá-la

A jovem foi morta de forma bárbara e cruel, com sinais de espancamento e tortura

Suspeita sendo levada à Delegacia de Polícia Civil - Assessoria

A Polícia Civil do Amazonas efetuou na noite de 4ª feira (28.ago.24) a prisão de Camila Barroso da Silva, de 33 anos, principal suspeita no caso do assassinato de Geovana Costa Martins, uma jovem de 20 anos que trabalhava como babá. Geovana havia desaparecido no dia 19 de agosto e seu corpo foi encontrado em uma área de mata no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, no dia 20 de agosto. A identificação do corpo foi confirmada pela família no domingo (25).

Em coletiva de imprensa realizada na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o delegado Ricardo Cunha revelou que a prisão da suspeita aconteceu apenas quatro dias após o início das investigações. A polícia identificou duas pessoas com envolvimento direto no homicídio, mas as investigações ainda estão em curso.

“A jovem foi morta de forma bárbara e cruel, com sinais de espancamento e tortura, o que chocou a nossa sociedade e nos motivou ainda mais a dar uma resposta à população e aos familiares, responsabilizando todas as pessoas envolvidas”, declarou Cunha.

Detalhes das Investigações

De acordo com a delegada adjunta da DEHS, Marília Campello, as investigações revelaram que Geovana começou a trabalhar como babá na casa de Camila, localizada no bairro Petrópolis, zona sul de Manaus. No entanto, logo após iniciar o trabalho, a jovem foi aliciada e obrigada a permanecer na casa contra sua vontade, sendo forçada a participar de baladas e a realizar programas sexuais. "Essa vítima era praticamente forçada a fazer programas sexuais. Pelo que apuramos, a casa funcionava como uma casa de massagem", explicou a delegada, acrescentando que outras meninas também passavam pelo local, mas Geovana era a única que morava ali e não tinha permissão para se relacionar com pessoas de fora.

Ao ser presa, Camila alegou que um ex-namorado de Geovana teria sido o responsável pelo crime. No entanto, a polícia já ouviu esse indivíduo, que apresentou mensagens da vítima mostrando que Camila a impedia de se relacionar com ele ou qualquer outra pessoa fora da casa, alegando que Geovana lhe devia dinheiro e precisava trabalhar mais para pagar a dívida.

A delegada Marília Campello também revelou que Camila tinha passagem marcada para a Europa e que a família dela, incluindo mãe e tios, mora na França. Geovana já havia tirado seu passaporte em junho deste ano, e há suspeitas de que ela seria levada para o exterior, possivelmente para ser utilizada como "mula" no transporte de drogas e forçada a se prostituir fora do país.

"É uma história lamentável. A jovem foi torturada e espancada. Ainda não podemos afirmar a motivação exata, pois a suspeita nega ter cometido o crime, mas temos indícios suficientes, e por isso ela está presa", disse a delegada. O veículo usado para transportar Geovana até o bairro Tarumã estava em posse de Camila e de Eduardo Gomes da Silva, que também está sendo procurado pela polícia.

Investigação Continua

Eduardo Gomes da Silva já possui um mandado de prisão por outro caso, que também está sendo investigado pela DEHS. Tanto ele quanto Camila têm envolvimento comprovado com atividades criminosas, e Camila ameaçava o ex-namorado de Geovana, bem como qualquer pessoa que tentasse se aproximar dela. As investigações prosseguem para esclarecer a real motivação do crime.