VENEZUELA
Oposição afirma que Edmundo González Será o Novo Presidente da Venezuela em Janeiro de 2025
A oposição acredita que o candidato venceu com 67% dos votos
María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, anunciou que Edmundo González tomará posse como novo presidente no dia 10 de janeiro de 2025. A declaração foi feita em um tom de desafio ao presidente Nicolás Maduro, que foi anunciado como reeleito pelo órgão eleitoral. Machado fez a afirmação à agência de notícias EFE nesta segunda-feira (12), dizendo: "Tenho certeza de que teremos um novo presidente." Ela acrescentou: "Edmundo González será o novo chefe de Estado e o comandante das Forças Armadas. Isso dependerá do que todos nós fizermos, tanto dentro quanto fora do país. Confio no povo da Venezuela."
A líder da oposição descreveu a vitória de Maduro como a "maior fraude da história". Machado também reiterou seu apelo à comunidade internacional, esperando que governos estrangeiros façam com que o ditador venezuelano perceba que suas ações são inaceitáveis.
De acordo com a oposição, González teria vencido a eleição com 67% dos votos. O partido opositor realizou uma contagem paralela, baseada na coleta manual das atas de votação, que indicaria uma vantagem de 4 milhões de votos para González sobre Maduro.
CRISE POLÍTICA NA VENEZUELA
A crise política na Venezuela se intensificou desde a eleição de 28 de julho. A oposição alega ter vencido o pleito, mas o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro como vencedor, com 52% dos votos. A falta de apresentação das atas de votação gerou desconfiança e levou manifestantes às ruas. Eles protestam contra o Conselho Nacional Eleitoral, alegando que o órgão é composto por aliados do ditador e que os resultados foram manipulados. As forças de segurança responderam com violência, resultando na morte de dezenas de pessoas, segundo a ONG Provea. No sábado (10), o Conselho Nacional Eleitoral anunciou que o resultado da eleição seria "inapelável".
O Brasil informou que não reconhecerá a contagem de votos sem a apresentação das atas de votação, uma exigência também respaldada por outros países que pressionam pela divulgação dos documentos.
Fonte: Notícias ao Minuto