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ESTELIONATO

Presas em laboratório de coca, mãe e filha batizavam bebidas para roubos com 'Boa noite Cinderela'

Após incapacitar as vítimas, as criminosas obtinham senhas bancárias e realizavam transferências via aplicativos

Drogas apreendidas com a dupla pela Polícia Civil - Divulgação

Mãe e filha, foragidas após aplicarem golpes do tipo "Boa noite, Cinderela", foram localizadas e presas em Campo Grande com mais de 2 quilos de cocaína pura, além de medicamentos indutores de sono e equipamentos utilizados na preparação de drogas. Na última 5ª feira (08.ago.24), a Polícia Civil, através da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (Derf), prendeu E.A e E.C.A., integrantes de uma organização criminosa que realizava esse tipo de golpe.

As prisões aconteceram durante a segunda fase da operação "Boa Noite, Cinderela". As duas mulheres foram encontradas em uma casa alugada no Bairro Jardim Monumento, em Campo Grande, onde estavam escondidas desde 27 de julho.

O imóvel funcionava como um "laboratório" para armazenamento, manipulação e transformação de cocaína. No local, a polícia apreendeu 1 tablete e 4 porções de cocaína pura, totalizando 2,464 kg, além de 3 porções de amido de milho, pesando 1,702 kg, usado para aumentar o volume da droga. Também foram encontrados uma prensa para moldar tabletes de cocaína, formas com a imagem em alto relevo de um golfinho, 2 balanças de precisão, peneiras e bobinas adesivas.

Diante das evidências, além de cumprirem os mandados de prisão preventiva relacionados ao golpe "Boa noite, Cinderela", as suspeitas foram autuadas pelos crimes de tráfico de drogas e por armazenar equipamentos destinados à preparação e transformação de entorpecentes.

Sobre o golpe "Boa Noite, Cinderela":

As duas mulheres já haviam sido denunciadas pelo Ministério Público Estadual e eram rés por participarem de uma associação criminosa que atraía vítimas, as dopava com bebidas adulteradas e, em seguida, as roubava. Após incapacitar as vítimas, as criminosas obtinham senhas bancárias e realizavam transferências via aplicativos, além de fazer compras. Em alguns casos, os homens eram atraídos para as residências das criminosas, onde eram roubados bens como aparelhos de ar-condicionado, televisores, roupas e joias.

Até o momento, foram identificadas três vítimas, sendo que uma delas sofreu um prejuízo estimado em R$ 25 mil. A Derf solicitou ao Poder Judiciário a decretação das prisões preventivas dos envolvidos, o que foi concedido pelo Juiz da 5ª Vara Criminal da Capital.

Com os mandados de prisão expedidos, as equipes começaram as buscas pelos suspeitos, resultando na prisão de R.O.R e L.D.S.Q, que já respondem por crimes como roubo majorado e receptação.

Durante a primeira fase da operação, as duas mulheres, que são mãe e filha, não foram localizadas e estavam foragidas até serem presas na última quinta-feira.