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HOMICÍDIO

Polícia diz que assassinado na Capital era suspeito de negociar e depois roubar drogas de traficante

Homem foi morto em 2021 e crime pode estar relacionado à conduta dele

Unidade da DHPP, responsável pelas investigações - Assessoria

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul divulgou uma nota explicando os avanços nas investigações sobre o homicídio de Ailton Franco da Silva, ocorrido há três anos em Campo Grande. Ailton, suspeito de roubar drogas de traficantes, foi encontrado morto em agosto de 2021. O caso, considerado complexo pelas autoridades, está sob a presidência do delegado José Roberto de Oliveira Júnior, na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e segue com diligências e perícias em andamento.

O homicídio

Ailton Franco da Silva, de 24 anos, foi sequestrado em uma casa no Jardim Centro Oeste em 10 de agosto de 2021. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, próximo à Avenida Guaicurus, na BR-262, com várias marcas de disparos de arma de fogo. A família havia registrado um boletim de ocorrência de desaparecimento na data do sequestro.

A Polícia Civil revelou que Ailton participava de "negociações de grandes quantidades de drogas com traficantes e, no ato da entrega, comparsas dele rendiam os traficantes e roubavam os entorpecentes." Essa atividade criminosa dificultava a identificação das "vítimas", pois os traficantes não comunicavam os roubos às autoridades.

A investigação foi prejudicada por omissões da família de Ailton. Conforme a nota da Polícia Civil, "familiares de Ailton foram ouvidos na DHPP logo após o fato, antes mesmo do corpo de Ailton ser encontrado, e omitiram fatos extremamente importantes, somente revelando-os após a equipe de investigação da DHPP levantar outras informações em campo e confrontá-los em novas oitivas." A perda de provas devido a essas omissões causou um "prejuízo irreparável" às investigações.

Apesar das dificuldades, a Polícia Civil segue empenhada em esclarecer o crime. "O inquérito policial está sob presidência do Delegado de Polícia José Roberto de Oliveira Júnior, que informou que desde a data do crime foram e ainda estão sendo realizadas diligências, dentre as quais requisições de perícias de local de crime, de balística, de micro comparação balística e outras, bem como oitivas de diversas pessoas, inclusive de pessoa residente em outra cidade, o que exigiu deslocamento de equipe policial."