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EX-PREFEITO DA CAPITAL

Marquinhos Trad é inocentado por todas as acusações de assédio sexual

Ex-prefeito disse que acusações anteciparam a morte da sua mãe: "Ela foi trucidada"

O ex-prefeito de Campo Grande e pré-candidato a vereador, Marquinhos Trad. Foto: Reprodução

O ex-vereador, ex-deputado, ex-prefeito de Campo Grande (MS) e ex-candidato a governador, Marcos Marcello Trad, de 59 anos, foi inocentado pelas 7 acusações de assédio sexual movidas contra ele durante a corrida eleitoral de 2022. 

A sentença proferida pela juíza Eucélia Moreira Cassal deve ser publicada ainda nessa semana. Cassal decidiu que não há nada o que se apurar, encerrando o processo.

Em entrevista à Rádio Difusora, bastante emocionado, o ex-prefeito desejou que a mãe, Therezinha Mandetta Trad tivesse visto o resultado do processo, sugerindo que as denúncias anteciparam a morte dela. “Foi a que mais sofreu neste episódio. Ligava todos os dias e antes de deitar chorava comigo no telefone.  Ela foi trucidada”, declarou.  Therezinha faleceu em fevereiro de 2023, aos 86 anos.

Num revés, Marquinhos prometeu levar um dossiê à Polícia Federal para apurar a conduta da Polícia Civil sul-mato-grossense, que para Trad foi parcial visto que o Secretário de Segurança era próximo da mulher que organizou quatro meninas para fazerem a denúncia.

O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha, apresentou denúncia contra Marquinhos Trad no inquérito que investigou denúncias de assédio sexual. Marquinhos já havia conseguido vitória no Tribunal de Justiça para trancar inquérito que envolvia três mulheres, mas o promotor afirmou que recorreria da decisão e manteve a denúncia, entendendo que o recurso teria efeito suspensivo.

Capiberibe apresentou denúncia contra Marquinhos dizendo que ele teria cometido os seguintes crimes, cotra sete vítimas: 

  1. assédio sexual contra uma mulher;
  2. importunação sexual contra outra mulher;
  3. favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de outra mulher;
  4. importunação sexual de outra mulher;
  5. favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual;
  6. favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual;
  7. importunação sexual.

Todas as acusações não foram provadas no curso do processo, levando a juíza a inocentar o ex-prefeito.  

CAPITAL POLÍTICO

Atualmente Marquinhos é pré-candidato a vereador em Campo Grande pelo PDT, tentando recomeçar a vida política após as acusações que arrastou a família tradicional quase à aniquilação do capital político. 

Antes do episódio, Marquinhos foi vereador da Capital, deputado estadual e prefeito eleito em 2016 e reeleito em 2020.

Na primeira eleição para o cargo de chefe do Poder Executivo, ele foi eleito no 2º turno com 241.876 votos (58,77%) ao vencer Rose, que tinha conquistado 169.660 votos (41,23%).

Em 2020, o pedetista foi reeleito no primeiro turno com 218.418 votos (52,58%).

Há dois anos, Marquinhos renunciou ao mandato de prefeito para disputar o Governo e era um dos candidatos mais fortes, até ser ligado ao escândalo de assédio sexual com as sete mulheres. Diante do escândalo, Marquinhos acabou ficando em 6º lugar na corrida eleitoral em MS, tendo apenas 8,68% dos votos (124.795). Na época, Marquinhos acusou o PSDB de ter armado o escândalo para tirá-lo da corrida eleitoral.