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'OPERAÇÃO ERASURE'

Investigados por desvio de verbas na saúde e educação apagaram dados antes de operação do GAECO

Operação revelou desvios milionários em contratos para compra de ar-condicionado para escolas públicas

Foto: Divulgação/ Gaeco

Investigados e réus envolvidos nos desvios milionários em saúde e educação estadual apagaram dados de seus celulares antes da operação Turn Off, realizada em 29 de novembro do ano passado. Para identificar os responsáveis pelo vazamento de informações, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) lançou nesta 5ª.feira (25.jul.24) a Operação Erasure.

Nesta nova fase, o Ministério Público Estadual (MPE) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Em comunicado à imprensa, a promotoria afirmou que a investigação conduzida pelo GAECO revelou obstrução da apuração realizada pelas 29ª e 31ª Promotorias de Justiça, com o suporte do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), resultando na Operação Turn Off.

Segundo o MPE, o GAECO descobriu que alguns dos alvos das buscas tiveram acesso não autorizado a informações sigilosas sobre a investigação antes da execução da operação Turn Off, levando-os a excluir deliberadamente dados relevantes.

A Operação Turn Off revelou desvios milionários em contratos para a compra de ar condicionado para escolas públicas e equipamentos hospitalares pela Secretaria Estadual de Saúde. Na primeira fase da operação, foram detidos oito indivíduos, incluindo Antônio Édio de Castro Resende, secretário estadual-adjunto da Educação à época, e os irmãos Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho.

A segunda fase da Operação Turn Off, que focou em uma nova ofensiva do GECOC contra a lavagem de dinheiro, resultou na prisão de empresários envolvidos.

O nome da nova operação, Erasure, que significa "apagamento" em inglês, refere-se às ações dos investigados que excluíram, alteraram e formataram seus celulares. Eles agiram assim ao perceber que seriam alvo de diligências para coletar provas relacionadas a desvios de dinheiro público e fraudes em licitações, desenvolvidas por uma organização criminosa no alto escalão do governo de Mato Grosso do Sul, conforme informou o MPE.

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