DESASTRE AMBIENTAL À VISTA
Sem mata ciliar, obras despejam areia da Capital no Rio Botas
Reportagem da revista 'A Foto' revela origem do problema de drenagem no Bairro Nova Lima; erosão e acúmulo de lixo comprometem inclusive o funcionamento de usina hidrelétrica
A edição 'Mar de Areia', da revista A Foto, publicada nesta 3ª.feira (2.jul.24), revela que às margens do Rio Botas, em Campo Grande (MS), um vasto areeiro se formou.
Com a derrubada de áreas ciliares, a terra que desce de bairros interrompe a drenagem da água das chuvas no Bairro Nova Lima e entope bocas de lobo.
Ao repórter Marcos Maluf, moradores e especialistas alertam para as consequências dessa degradação ambiental. "Ao visitar a ponte que conecta ao Rio Botas, vital para o escoamento das águas, notou-se um fluxo aquém do esperado. A erosão se tornou evidente, com paredões de areia e falta de mata ciliar ao longo das margens", diz o repórter.
A reportagem da 'A Foto' esteve na Fazenda Santa Isabel, que abriga uma usina hidrelétrica, onde o gerente João Souza expressou preocupação com a queda na produção de energia devido ao acúmulo de areia no rio, que está sendo assoreado. No local, a extração diária de toneladas de areia é feita para evitar o entupimento dos canais da usina, mas também revela outro problema: o lixo urbano que chega junto com as águas pluviais, incluindo até descobertas macabras como cadáveres.
Enquanto isso, no Bairro Nova Lima, obras de infraestrutura prometidas há anos sofrem com atrasos e incompletudes. As poucas ruas asfaltadas acumulam areia e os bueiros existentes estão frequentemente entupidos, causando inundações recorrentes e transtornos para os moradores.
O engenheiro Antônio Carlos alertou que a limpeza regular de reservatórios é fundamental para evitar o despejo de sedimentos nos rios e o rompimento das estruturas em caso de enchentes.
Assista a íntegra da reportagem abaixo: