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PL DO ESTUPRO

Além de prender a vítima de estupro, Marcos Pollon quer prender o médico

'O fascismo sempre dobra a aposta', diz historiador

Créditos: Geraldo Magela/Agência Senado

O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) apresentou uma proposta no parlamento que prevê a prisão de médicos que realizarem abortos após 22 semanas de gestação. A proposta foi submetida no dia 20 de maio e anexada ao PL 1904, conhecido como PL do Estupro, pauta colocada em ‘votação de emergência’ em 11 de junho. 

Segundo o projeto de Pollon, médicos que realizarem abortos consensuais em mulheres que foram estupradas podem enfrentar penas de 5 a 12 anos de prisão. Para abortos realizados sem consentimento, a pena varia de 8 a 18 anos de reclusão.

A proposta tem gerado intensa controvérsia nas redes sociais, com críticos argumentando que a medida penaliza desproporcionalmente a classe médica que busca preservar a saúde e integridade das mulheres. "A bancada do estupro segue a todo vapor", comentou um usuário nas redes sociais.

O historiador Fernando Horta também criticou a proposta, afirmando: "O fascismo sempre dobra a aposta. Eles virão novamente com tentativa de golpe, com tentativa de destruir as instituições como fazem aqui com o PL dos estupradores".

CRESCIMENTO DO MOVIMENTO 'FORA LIRA'

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Desde quinta-feira (13), a hashtag 'Fora Lira' tem sido uma das mais comentadas no X, antigo Twitter. O movimento mostra uma crescente mobilização nas redes sociais contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), devido à sua articulação para a tramitação urgente do PL 1904.

Na noite de quarta-feira (12), Lira colocou o projeto em votação para tramitação de urgência de maneira discreta. A medida propõe equiparar a pena de aborto após 22 semanas ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupro, gerando indignação e protestos públicos.

FONTE: REVISTA FÓRUM