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Justiça intima Capitão Contar, Henrique Catan e Sandro Benites por golpismo

Trio bolsonarista incentivou golpe de estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva

(Da esquerda para a direita: Henrique Catan, Capitão Contar e Sandro Benites, durante atos golpistas em frente ao Comando Militar do Oeste em Campo Grande (MS). Fotos: Arquivo

A Justiça Federal publicou na 6ª.feira (1º.mar.24) a intimação do ex-candidato ao governo Capitão Contar (PRTB), do deputado estadual João Henrique Catan (PL) e do vereador Sandro Benites (Patriota), acusados de atos golpistas para manter o ídolo deles, Jair Bolsonaro, no poder.

Conforme despacho do juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, o trio deve comparecer à audiência de proposta de transação, às 16h30 (horário de MS), de 14 de março de 2024.

A ação judicial teve início com notícia crime apresentada pelo ex-governador e deputado estadual Zeca do PT.

Para o deputado, o trio bolsonarista incentivou atos golpistas para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Conforme o Ministério Público Federal, as condutas investigadas referem-se ao delito previsto no artigo 286, parágrafo único, do Código Penal. O dispositivo trata de incitar, publicamente, a prática de crime, neste caso, “animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais”. A pena é de detenção, de três a seis meses, ou multa.

Na petição, Zeca anexou imagens de Contar, Catan e Benites em atos golpistas em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO). Naquela ocasião, militantes de extrema direita apelavam por intervenção militar com intuito da derrubada da democracia.

Zeca destacou, na peça judicial, que Contar teria insuflado os golpistas a permanecerem no local: “Todos aqui vigilantes, esse é o caminho, ficar em casa não muda nada”, disparou Contar em uma das suas falas no ato golpista. O ex-deputado ainda teria dito que “o presidente não vai nos deixar na mão” – se referindo ao derrotado inelegível Jair Bolsonaro como ‘presidente’, àquela altura já ‘em fuga nos Estados Unidos’.

João Henrique Catan é acusado de patrocinar alimentação para os militantes que cobravam golpe de estado e de estimular o bloqueio de rodovias.

Sandro Benites – como mostramos diversas vezes aqui no MS Notícias – foi um dos radicais que se dirigiu ao comandante militar do Oeste, general Anísio David, pedindo socorro e intervenção militar para impedir a posse de Lula. Na ocasião, Sandro Benites se referiu ao presidente eleito como “ladrão” e “narcotraficante”.

 

Vereador bolsonarista Sandro Benites difamou o presidente e incitou golpe militar. Fotos: Arquivo 


Os três acusados insuflaram o golpismo antes do 8 de Janeiro. Após o episódio, as instituições democráticas reagiram levando vários golpistas à cadeia, no entanto, em razão de estarem em cargos que lhes conferem poder, o trio acusado na notícia crime em tela, segue impune.  

OUTRO GOLPISTA 

Derrotado em 2022, outro deputado estadual de MS que apoiou o golpe de estado para mater Bolsonaro no poder foi Evander Vendramini (PP). Por meio das redes sociais, o parlamentar incentivou o bloqueio total das rodovias. “Bora bloquear tudo, País parar geral para demonstrar nossa insatisfação”, disparou o político até o momento impune.  

 

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