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FIM DO IMPASSE

Planalto atende e Padilha recebe Zeca para retomada de obras na ponte da Bioceânica

As obras estão interrompidas há mais de 40 dias por causa de entraves burocráticos no uso de materiais de construção importados do Paraguai

Construção da ponte sobre Rio Paraguai é uma das prioridades da rota (Foto: Toninho Ruiz)

Está confirmado para os próximos dias o encontro entre o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, com o deputado estadual e ex-governador Zeca do PT. Da agenda, para ajustar a retomada das obras da ponte entre Porto Murtinho e a localidade paraguaia de Carmelo Peralta, participarão representantes do Itamaraty, Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), órgão do Ministério dos Transportes, e do Consórcio Pybra, que é responsável pela execução do projeto, ponto estratégico da Rota Bioceânica.

As obras estão interrompidas há mais de 40 dias por causa de entraves burocráticos no uso de materiais de construção importados do Paraguai. "É uma questão aduaneira, que provocou a paralisação dos trabalhos. Porém, o presidente Lula, determinou as providências necessárias", disse Zeca, que é um dos mais antigos defensores do corredor bioceânico entre o Brasil e os portos chilenos que estão na porta de acesso ao Pacífico.

 

Zeca do PT e D. Gilda navegando pelo Rio Paraguai, em Porto Murtinho. Foto: Arquivo 

Depois de denunciar a situação e defender a mobilização política no Estado para cobrar providências, Zeca teve total respaldo do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP). O impasse é visto como questão burocrática porque a Receita Federal exige a documentação fiscal de artigos importados do Paraguai, que precisam de autorização legal para entrar no Brasil.

Zeca é o coordenador da Frente Parlamentar para Acompanhamento da Implantação da Rota Bioceânica. Para ele, as providências já definidas garantem a retomada dos serviços e o cumprimento do cronograma das obras

A ponte com mais de 30% do projeto concluídos e é executada por um consórcio binacional. Com recursos da Itaipu Binacional, seu custo é avaliado em US$ 85 milhões, o equivalente a R$ 425 milhões. A estrutura tem 1,3 km de comprimento e 20,10 metros de largura.