GUERRA | ORIENTE MÉDIO
Reino Unido pode cortar venda de armas à Israel para frear o genocídio na Palestina
Nesse instante, o exército israelense massacra mulheres e crianças em Rafah
O governo do Reino Unido pode suspender licenças para exportação de armas à Israel, se Benjamin Netanyahu continuar o massacre contra civis palestinos na Faixa de Gaza.
Nesse instante, o exército israelense massacra mulheres e crianças em Rafah, no sul de Gaza.
A incursão militar ocorre desde 7 de outubro de 2023, quando militantes do partido Hamas atacaram uma rave em Israel.
Cerca de 1,4 milhão de palestinos foram deslocados diversas vezes, procuraram abrigo em Rafah, que faz fronteira com o Egito, mas estão sendo perseguidos e exterminados pelo poder bélico de Israel.
Mais de quatro meses de ataques implacáveis por terra, ar e mar arrasaram grande parte da Faixa de Gaza, empurrando a sua população de 2,3 milhões de pessoas à beira da fome, segundo as Nações Unidas.
A última cidade intocada pelas tropas terrestres israelenses, Rafah servia como principal ponto de entrada de ajuda humanitária através do vizinho Egito para suprimentos desesperadamente necessários. Israel tenta empurar a população palestina para o outro lado da fronteira e no curso vai matando quem resiste em não deixar a Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza disse na quinta-feira que 99 pessoas foram mortas na faixa durante a noite, a maioria delas mulheres, crianças e idosos.
O número de mortos na guerra de Israel em Gaza aumentou para 29.410 desde 7 de outubro, informou o ministério, acrescentando que pelo menos 69.465 pessoas ficaram feridas.
Apesar dos alertas mundiais, Benjamin Netanyahu, insiste que o exército continuará o massacre na caça insana por membros do Hamas.
A COROA
Conforme lideranças ministeriais da coroa, o aconselhamento jurídico sugere a suspensão de licenças, no encalço da violação do direito humanitário internacional.
O movimento político europeu ocorre após o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, fazer declaração contra o genocídio que acontece na Palestina.
Numa carta publicada na terça-feira (20.fev.24), David Cameron, o secretário dos Negócios Estrangeiros, disse que o ataque em Rafah prejudica civis e destrói casas.
O documento foi endereçado ao comitê de relações exteriores sobre controles de exportação de armas para Israel.
Na alta cúpula da coroa (Câmara dos Comuns), o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Andrew Mitchell, apontou a ofensiva em Rafah como: “linha vermelha para o governo do Reino Unido”.
Aos deputados, na 4ª.feira (21.fev.24), Mitchell revelou que o Reino Unido aconselhou o governo israelita a não lançar um ataque que pudesse ter “consequências devastadoras”.
Na mesma 4ª.feira, numa reunião em Genebra, sobre o Tratado sobre o Comércio de Armas, diplomatas palestinianos apontaram a omissão do Reino Unido no controle de armas.
Num manifesto, os chanceleres cobraram rescisão da venda de armas à Israel para frear o genocídio contra Palestinos em Gaza – a cobrança segue uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça, que determinou que Israel deve garantir que as suas forças não cometem atos de barbárie contra civis.
A representante palestina Nada Tarbrush alertou que “uma incursão terrestre em Rafah levará a assassinatos em massa em uma escala ainda maior do que as atrocidades que vimos nos últimos meses”, acrescentando que quando os livros de história forem escritos, ninguém no Ocidente poderá fingir que eles não sabia da destruição.
Autoridades britânicas disseram na reunião: “Podemos e respondemos com rapidez e flexibilidade a situações mutáveis e fluidas”.
Um artigo do tratado obriga os Estados a não autorizar qualquer transferência de armas convencionais se souberem que essas armas serão utilizadas para cometer atos de genocídio ou crimes contra a humanidade.