MS Notícias

OPERAÇÃO VIGILÂNCIA APROXIMADA

Simone Tebet e Thronicke foram espionadas pela 'Abin Paralela', diz TV

Diversos alvos foram monitorados de 2019 a 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (ao microfone) e a Senadora Soraya Thronicke em Campo Grande. Foto: Tero Queiroz

A agora ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e a senadora Soraya Thronicke (Podemos) constam na lista de alvos "Abin Paralela", esquema que utilizou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para vigiar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), senadores, jornalistas, deputados, ministros de governo e diversos outros alvos. As duas personalidades políticas de Mato Grosso do Sul constam na lista divulgada na 6ª.feira (2 de fevereiro de 2024), pela TV Band. Inclusive, dentre os alvos estão até mesmo ministros do governo bolsonarista. 

Como já mostramos aqui no MS Notícias, os diversos alvos foram monitorados de 2019 a 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, estabelecida em 2021 para investigar as ações do governo federal na pandemia, também foi alvo do monitoramento. Tebet foi um dos grandes nomes a apontar os crimes das gestão bolsonarista frente a pandemia.  

Se eu fui espionada ilegalmente por esse povo é sinal de que eu estava no caminho certo e na mão correta”, disse Tebet logo após a lista vir à público.  

"Quer saber o que é pior do que você ser “arapongada” ilegalmente pela Abin? É ter seus familiares “arapongados”! Por que eles monitoravam nossos cônjuges e nossos filhos? Quero muito saber a resposta!", também manifestou-se Soraya Thronicke.

60 MIL MONITORADOS 

O relatório da Polícia Federal (PF) já havia citado nomes que foram monitorados, incluindo os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, os ex-deputados Rodrigo Maia e Joice Hasselmann e o atual ministro da Educação, Camilo Santana. Durante o período de monitoramento, mais de 60.000 telefones foram rastreados por meio do software espião First Mile, fornecido pela empresa israelense Cognyte.

A investigação indica que o monitoramento foi realizado sem a autorização judicial necessária e sem o conhecimento das operadoras de telefonia. O software permitia que os funcionários da Abin rastreassem qualquer celular por meio da Estação Rádio Base (ERB) dos aparelhos, e o sistema possibilitava o rastreamento sem que as operadoras de telefonia soubessem.

O rastreio funcionava em dois passos: digitava-se o número de celular a ser monitorado no First Mile e o programa oferecia um histórico de deslocamentos e movimentações em tempo real, ao rastrear a transferência de dados dos celulares para torres de telecomunicações.

A PF afirmou que continua analisando os materiais apreendidos na operaçãoVigilância Aproximada que teve Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, alvos de buscas.

Veja a lista de pessoas espionadas pela 'Abin Paralela' bolsonarista:  

Ministros do STF:

Deputados Federais:

Presidente da Câmara:

Senadores:

Governadores:

Ministro de governo: