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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Ao lado do presidente Lula, Camila Jara representa Pantanal e Cerrado na COP-28

A maior delegação brasileira da história foi à Dubai discutir soluções para as mudanças climáticas

A deputada federal e pré-candidata a prefeitura de Campo Grande, Camila Jara, durante COP-28. Foto: Reprodução

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP-28, começou na 5ª feira (30.nov.23) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Com a presença de 2.400 membros do governo, empresários, cientistas e ativistas, a delegação brasileira é a maior da história.

Ao lado do presidente Lula (PT), a deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) representa os biomas Pantanal e Cerrado na discussão de caminhos e soluções para frear as mudanças climáticas. Ela levará suas demandas e desafios para os diferentes painéis e reuniões da programação. A parlamentar também entregará ao presidente Lula a carta redigida durante o Seminário Pré-COP, realizado nesta terça-feira (28) em Campo Grande.

Durante o Seminário, as principais instituições de ensino e pesquisa e ONGs de conservação do Pantanal elencaram as prioridades e urgências para a conservação do bioma. Entre as demandas, está um plano integrado para mitigação e combate ao fogo, criação de crédito de biodiversidade, captação de recursos e a criação do Fundo de Proteção do Pantanal.

MISSÃO 1.5

Um dos eventos mais importantes da COP-28 é o lançamento da "Missão 1.5" pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no sábado (2.dez.23). O programa prevê que países ricos concedam incentivos para que os países mais pobres ou em desenvolvimento zerem suas emissões de CO² na atmosfera, impedindo um desastre climático.

BANCADA DO PLANETA 

Para o domingo (3.dez.23), está marcado o lançamento da Bancada do Planeta, uma campanha global de parlamentares em defesa do clima, da biodiversidade e dos direitos de povos indígenas e de comunidades tradicionais. Neste evento, Camila Jara fará uma defesa do desenvolvimento sustentável dos biomas Pantanal e Cerrado.

O objetivo da Bancada do Planeta é fazer com que os países membros da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC) cumpram com os compromissos firmados em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), em direção às metas do Acordo de Paris. Além disso, a reunião de parlamentares do mundo inteiro comprometidos com a pauta ambiental possibilitará a troca de informações e experiências, ampliará o apoio a ações de educação, capacitação e treinamento, em parceria com a sociedade civil. Ainda, a Bancada fortalecerá projetos e propostas para a COP-30, que será realizada no Brasil em 2025.

Três eixos principais serão trabalhados na campanha deste primeiro ano da Bancada do Planeta:

A Amazônia passa pela pior seca da sua história. E este fenômeno tende a se repetir e alastrar, se medidas concretas não forem tomadas contra os principais agentes da mudança climática (o desmatamento e o extrativismo, especialmente, a exploração de petróleo e gás), e se a transição energética não for feita de forma justa, considerando os impactos. A reunião de parlamentares dos nove países da América Latina onde está localizada a floresta tem o objetivo de mobilizar o restante do mundo para a proteção da floresta e seus povos.

Povos Indígenas, comunidades tradicionais e populares são as mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, como secas e enchentes. Ao mesmo tempo, elas são as principais responsáveis pela proteção do meio ambiente, mas no entanto, apenas 7% do financiamento global para o clima chegam diretamente às suas organizações. Em todo o mundo, lideranças e associações indígenas e de comunidades tradicionais têm se unido e participado das conferências da ONU solicitando recursos dos fundos climáticos prometidos por governos e entidades que cheguem de fato às comunidades que são as verdadeiras guardiãs das florestas, protetoras do clima e diversidade do Planeta.

Especialistas afirmam que, se não agirmos agora, 2/3 da população mundial poderá enfrentar escassez de água potável nos próximos dois anos. Isso afetará milhões de pessoas! Nesta frente, pode ser incluído o foco na regulamentação do Ecocídio pelos países membros da UNFCCC, com foco na proteção dos rios.