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TURN OFF

Riedel demite secretários e servidores acusados de corrupção

Trio de empresários, irmãos e primo, são apontamos como chefes da organização criminosa que detém contratos que passam de R$ 68 milhões

Flávio Britto (Casa Civil - alvo de buscas) e Edio Antônio (Educação - preso) durante a Operação Turn Off. Fotos: Reprodução

Após denúncias de corrupção, peculato e organização criminosa, os secretários adjuntos de Casa Civil e Educação, respectivamente Flávio da Costa Brito Neto e Edio Antonio Rezende de Castro, foram demitidos pelo governador Eduardo Riedel, nesta 5ª feira (30.nov.23). Eis a íntegra.  

Como mostramos aqui no MS Notícias, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), prendeu e realizou buscas,  na 4ª feira (29.nov.23), contra 8 alvos da Operação Turn Off. 

Dentre os alvos estavam os secretários-adjuntos: 

Todos eles são acusados de atuar em esquema de fraude licitatória em contratos que passam de R$ 68 milhões. Os supostos crimes cometidos pelo grupo, permeiam o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB). 

Riedel também exonerou Simone e Andrea nesta 5ª feira (eis a íntegra). Dos acusados, apenas segue no governo Mishima, acessor especial da Saúde.  

A operação deflagrada ontem foi autorizada pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande.

OUTROS ALVOS 

Além das pessoas do governo, a operação prendeu e realizou buscas contra os empresários: 

Além deles, foi preso pela Turn Off, o coordenador técnico do Centro Especializado de Reabilitação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande (Apae), Paulo Henrique Muleta Andrade.  

O 8º alvo seria Lucas de Andrade Coutinho, irmão de Sérgio, que não foi localizado.  

Segundo os investigadores, a quebra no sigilo telemático dos irmãos Coutinho deu origem a operação, visto que foram descobertos desvios milionários na Saúde e Educação em Mato Grosso do Sul ao longo do governo Azambuja.  

Além dos irmãos empresários, o primo deles, Victor Leite de Andrade, o único que teve a prisão preventiva decretada e não foi localizado, também estaria envolvido no esquema. Os três são apontados como chefes da organização criminosa.

EMPRESAS INVESTIGADAS PELA TURN OFF

De acordo com as investigações do Gaeco e Gecoc, a Isomed Diagnósticos Ltda., a Comercial Isototal Ltda. e a Maiorca Soluções em Saúde, Segurança e Padronização Ltda. são as empresas investigadas. Elas têm vários contratos estabelecidos com secretarias do governo estadual nos anos de 2022 e 2023, principalmente com a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Educação.

O Portal da Transparência do governo de MS revelou que a empresa Isototal tem quatro contratos com a SED para a aquisição e instalação de ares-condicionados nas escolas da Rede Estadual de Ensino (REE). Esses contratos totalizam mais de R$ 13 milhões. Além disso, a Isototal tem contratos com outras secretarias, como a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Fundação Serviços de Saúde de MS (Funsau).

A Isomed, que é especializada em serviços médico-hospitalares, tem contratos milionários com o governo estadual, através do Fundo Especial de Saúde de Mato Grosso do Sul (FES). O primeiro contrato, no valor de R$ 12.164,640, foi celebrado em 17 de agosto de 2022, com duração até o final deste ano. No entanto, o contrato foi renovado até fevereiro de 2024, totalizando mais de R$ 24 milhões. O contrato continua em vigor até o momento.

ORIUNDA DA OPERAÇÃO PARASITA 

O MPMS informou que a Operação Parasita, de 2022, deu base à Operação Turn Off, revelando crimes de simulação de procedimentos de compra e venda de produtos jamais entregues ao HRMS, além do desvio de dinheiro público e pagamento e recebimento de propina.