MS Notícias

REI DA FRONTEIRA

Juiz retira tornozeleira de Polícia Federal denunciado na Omertà

Everaldo Monteiro de Assis ficou preso por 20 meses e, desde maio do ano passado, estava sendo monitorado

Everaldo, no destaque, é defendido pelo juiz aposentado e advogado Odilon de Oliveira (Foto: Arquivo)

O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, decidiu suspender o monitoramento eletrônico do policial federal Everaldo Monteiro de Assis, que foi denunciado na Operação Omertà por ter supostamente integrado organizações criminosas lideradas por Fahd Jamil, o Rei da Fronteira, e Jamil Name. Apesar de se livrar do monitoramento, o suspeito continuará afastado do cargo na Polícia Federal (PF) e deverá cumprir outras medidas cautelares, como não manter contato com outros réus.

Assis ficou preso por 20 meses e, desde maio do ano passado, estava sendo monitorado por meio de tornozeleira eletrônica e era obrigado a recolher-se à noite e nos finais de semana.

O juiz destacou que, ao longo das diversas instruções das ações penais que compõem a Operação Omertà, ele concedeu a substituição das prisões preventivas dos acusados que não estariam relacionados a funções de liderança ou relacionadas a armas de fogo ou atividades violentas na suposta organização criminosa.

Assim, por estar cumprindo corretamente as medidas cautelares diversas da prisão, por estar encerrada a instrução da ação penal e por não haver informações de seu envolvimento em novo fato delitivo, o juiz disse não vislumbrar mais, atualmente, a necessidade da manutenção das medidas cautelares de recolhimento domiciliar e monitoramento eletrônico.

No entanto, Everaldo deverá cumprir algumas outras medidas cautelares, como não mudar de residência sem prévia comunicação ao juízo e não se ausentar da comarca, por mais de oito dias, sem prévia autorização do juiz. Além disso, ele não poderá manter contato com acusados, testemunhas, investigadores, delegados e promotores das ações penais relacionadas à Operação Omertà e terá o exercício da função pública suspenso.

Fonte: O Jacaré