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OPERAÇÃO MAGNUS DOMINUS

3º sargento da PM, 'Romanov' é preso na sede do DOF

Atuava como um dos mercenários do 'Dom'

Armamento, munições e outros equipamentos apreendidos durante a operação. (Foto: Divulgação/PF)

O 3º sargento da Polícia Militar (PM), Ygor Nunes Nascimento, de 36 anos, foi preso pela Polícia Federal (PF), na 6ª feira (30.jun.23), na sede do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), em Dourados (MS). Ygor havia sido lotado no DOF há 2 meses. Ele foi preso em flagrante por Crimes do Sistema Nacional de Armas.

O militar foi um dos 11 presos pela PF no âmbito da Operação Dominus, deflagrada na manhã de 6ª feira. Os presos pelos federais atuavam como mercenários para uma organização criminosa paramilitar a serviço do tráfico internacional de drogas e armas entre o Brasil e o Paraguai, com atuação nas cidades de Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (PY).

PM está entre os investigados de participar de grupo de mercenários comandado por 'Dom'. Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) apontou que o 3º sargento estava sob o comando de Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, o “Motinha” ou “Dom”. Esse último, fugiu da PF na 6ª feira, usando helicóptero, após supostamente ser avisado da operação

No mundo do crime, segundo o MPF, Ygor Nunes Nascimento é conhecido pela alcunha 'Romanov' (sobrenome de uma família da dinastia russa). Os investigadores dizem que ele era responsável por escoltar traficantes no Estado.

Além de Ygor, foram presos outros 8 brasileiros, um italiano, um romeno e um grego. As prisões ocorreram em MS, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. 

PRISÃO DO 3º SARGENTO

O 3º sargento teve o mandado de prisão expedido em 26 de junho pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã. O juiz Fábio Fischer descreveu como os presos aruavam para 'Dom'.  “A investigação demonstra que MOTINHA colocou em sua rotina de vida (já que andava escoltado) e de seus atos ilícitos (tráfico de drogas) a atuação desse grupo de homens fortemente armados e com grande know-how policial/militar, sendo denominado por enésimas vezes pelos órgãos de investigação (MPF e DPF) como mercenários”.

No momento em que os PF prenderam o 3º sargento, encontraram na mochila dele uma pistola Glock, com número de série suprimido, 1 carregador e 17 munições de pistola 9mm; no colete tático, foram encontrados 2 carregadores de fuzil calibre 556 e 90 munições de calibre 556. No ato de prisão em flagrante do 3º sargento consta que ele foi preso por Crimes do Sistema Nacional de Armas.

O juiz plantonista, Valter Tadeu Carvalho, disse que a prisão preventiva do 3º sargento se fez necessária devido à garantia da ordem pública; periculosidade do indiciado ou acusado. "Entendo que no caso dos autos tais requisitos estão presentes, vez que a prisão em flagrante pelo crime de armas se deu em decorrência de cumprimento de mandado de prisão por suposto envolvimento do flagrado em organização criminosa, tendo ele sido flagrado com a arma e munições relacionadas quando saia de serviço”.

Pistola Glock 9 mm com numeração raspada foi apreendida na mochila do PM. Foto: Reprodução 

Em relação ao armamento encontrado com o 3º sargento, foi distribuído um processo para a Auditoria Militar de Campo Grande.