BASTIDORES | POLÍTICA
Bolsonaristas temem "barril de pólvora" e "vulcão adormecido"
Membros podem revelar detalhes do escândalo das fraudes em cartões de vacinação e do ato golpista
Aliados de Jair Bolsonaro (PL) veem Gabriela Ribeiro Cid, esposa do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, como um “barril de pólvora”, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres como um "vulcão adormecido".
Se qualquer uma das partes decidir delatar, isso pode soterrar o bolsonarismo.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso e o temor é que a esposa dele possa “explodir a qualquer momento” e pressionar o militar a revelar tudo o que sabe sobre as fraudes nos cartões de vacinação de Bolsonaro e seu entorno.
Gabriela, inclusive, viajou ao menos três vezes para os Estados Unidos usando um cartão de vacinação adulterado por Cid.
A falsificação do cartão teve que ser feita para que Bolsonaro, após ser derrotado nas urnas, pudesse fugir para os Estados Unidos, onde ficou alojado por mais de 3 meses.
Caso Cid delate o ex-presidente, a Polícia Federal poderá usar os detalhes do depoimentos em qualquer uma das diversas investigações que há em andamento contra Bolsonaro.
Outro que é visto como uma um "vulcão adormecido", com uma enorme possibilidade de "erupção" é o ex-ministro da Justiça, bolsonarista Anderson Torres, preso em 14 de janeiro, e que desde então, tem piorado o estado de saúde física e psicológica. Se Torres fechar um acordo de delação premiada acerca da intentona golpista do dia 8 de janeiro, será a pá de cal na extrema direita.