VIOLÊNCIA
CAC bolsonarista executa 7 pessoas com escopeta (vídeo); comparsa morre em confronto com o Bope
Uma menina de 12 anos está entre as vítimas; sul-mato-grossense também foi assassinado
O bolsonarista Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, fez uma chacina na tarde da 3ª.feira (21.fev.23), no “Bruno Snooker Bar”, em Sinop (MT). O comparsa dele no crime, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com a Batalhão de Operações e Especiais (Bope) nesta 4ª.feira (22.fev.23). Edgar, porém, segue foragido.
Na tarde da 3ª, a dupla executou de maneira brutal as seguintes pessoas:
- Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36, e a filha dele, Larissa Frasão de Almeida, de 12 anos;
- O dono do bar, Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos – nascido no Maranhão;
- O sul-mato-grossense Josué Ramos Tenório, de 48 anos - natural de Fátima do Sul;
- O maranhense Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos;
- O catarinense Adriano Balbinote, de 46 anos;
- E o paranaense Elizeu Santos da Silva, de 47 anos. Esse último chegou a ser socorrido com vida, mas morreu no hospital.
Todos as vítimas tiveram os corpos dilacerados por um único projétil da escopeta usada por Edgar. Um vídeo (abaixo) mostra o momento das execuções. As imagens são fortes.
De acordo com a polícia mato-grossense, os a dupla assassina estava disputando uma partida de sinuca no bar e acabou perdendo, ocasião em que a equipe ganhadora começou a “caçoar” sobre os derrotados. Eles também teria sido derrotados em jogos de carta, disputado com Maciel (dono do bar). Revoltados com as chacotas, Edgar e Ezequias foram até uma caminhonete e voltaram armados com uma pistola e a escopeta. Ambos os assassinos tinham registros de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CACs) e praticavam tiro esportivo em um clube de Alta Floresta (MT).
Em diversos vídeos nas redes sociais Edgar aparece praticando tiro com uma espingarda de calibre 12 e outras armas de menor calibre. Edgar aparece manuseando a escopeta com alta habilidade e frieza no momento dos assassinatos. Ele executou cada uma de suas vítimas com um único disparo, algumas delas a uma certa distância.
Em um vídeo do TikTok, Edgar aparece sem camiseta e boné do ex-presidente Bolsonaro, em uma área de mata com uma pistola em mãos, enquanto atira contra uma árvore. Eis o vídeo:
Outro registro mostra o assassino em um clube de tiros e mostra o alvo, atingido na cabeça e no tórax. Após ter imagens vinculadas a notícias, o assassino acessou a internet e fechou a conta do Instagram, Facebook e do TikTok.
Edgar tem passagens criminais por ameaça e lesão no âmbito familiar. Ezequias tem várias passagens, inclusive um mandado de prisão em aberto. Ezequias responde por roubo majorado, formação de quadrilha e receptação.
O carro e as armas utilizadas no crime foram apreendidas pela Polícia Militar.
CONFRONTO E MORTE
Conforme a PM, Ezequias foi encontrado em uma área de mata, a cerca de 15km da cidade. Durante confronto, o suspeito foi atingido e chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional do município, mas chegou ao local sem vida.
Segundo informações dos portais de notícia de Mato Grosso, o advogado de Edgar informou que o autor dos disparos deve se entregar à polícia na manhã desta 5ª.feira (23.fev.23).
O DONO DO BAR
Maranhense radicado em Sinop, Maciel construiu a vida no Mato Grosso por meio do comércio e realização de torneio de sinucas e cartas. Ele se tornou dono de bar e empresário com suas vitórias, pois jogava desde criança. “Ele saiu do Maranhão muito novo, quando tinha em torno de 17 anos. Então amava Sinop porque foi lá que ele fez a vida dele e vivia falando que a cidade mudou a sua vida”, disse Fabiana Sousa, prima do empresário em entrevista ao site MídiaNews. “Foi tirado de nós, tirado de forma brutal, de maneira fútil”, lamentou a familiar.
“Ele era muito bom e participava em todo Mato Grosso. Ele também organizava os torneios na cidade. Lembro que uma vez ele fez um torneio em um ginásio e deu muita gente. Ele falava todo orgulhoso disso”, observou a prima.
O bar tinha mais de dez anos de funcionamento e, segundo Fabiana, o primo sempre organizava as apostas no local. “Às vezes era só para brincar, mas sempre organizava apostas e os torneios dele sempre foi apostando”, lembrou.
Outra vítima da chacina, Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos, funcionário de Maciel, chegou a filmar cenas de jogos pouco antes de eles serem mortos: