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INVESTIGAÇÃO

Polícia Federal revela quem mandou matar Dom Phillips e Bruno Pereira

Bruno foi morto com três tiros, um deles pelas costas. Dom foi assassinado por estar junto

Busca pelos desaparecidos (FOTO: Divulgação/PC-AM)

Rubens Villar Coelho, conhecido como "Colômbia", foi o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, revelou nesta 2ª.feira (23.jan.23), o superintendente da Polícia Federal (PF), no Amazonas, Alexandre Fontes. Os dois foram assassinados no Vale do Javari (AM), no início de junho de 2021.  

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“Temos provas que ele [Colômbia] fornecia as munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo", disse Fontes.  

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Fontes disse ainda que um relatório foi encaminhado à Justiça com mais seis indiciamentos pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação dos cadáveres. Antes, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado; Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima por duplo homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de corpos.

Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia. Foto: Divulgação

“Tínhamos anteriormente três nomes. Identificamos o irmão do Amarildo, ele forneceu a arma de fogo para o Amarildo. Ele vai responder por partícipe do homicídio", disse Fontes.

ENTENDA

Registros apontam para desentendimentos anteriores entre o ex-servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira e Pelado, que é suspeito de envolvimento com a pesca ilegal na região. Segundo as investigações, Bruno e Dom foram emboscados e mortos depois que Bruno pediu a Dom que fotografasse o barco dos acusados, de forma a atestar a prática de pesca ilegal.

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Bruno foi morto com três tiros, um deles pelas costas. Já Dom foi assassinado apenas por estar junto com Bruno no momento do crime.

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Na última 6ª.-feira (20.jan.23), as audiências de instrução e julgamento dos três acusados pelos assassinatos foram suspensas pelo juiz da Vara de Federal de Tabatinga, Fabiano Verli. Os depoimentos estavam previstos para ocorrer a partir desta 2ª.feira e terminar na 4ª.feira (25.jan.23).

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Na decisão, Verli apontou a falta de salas disponíveis para receber os réus para os depoimentos e disse que houve “lamentável falta de comunicação entre nós, da Justiça Pública”.

*Com Agência Brasil.