MINISTRO DE LULA
Quem é Luiz Marinho
Retornará a pasta que comandou de 2005 a 2007
O deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP), de 63 anos, será o ministro do Trabalho do governo Lula (PT). O anúncio foi feito pelo presidente na 5ª feira (22.dez.2022).
Marinho já comandou a pasta de 2005 a 2007. O político é ligado ao movimento sindical dos metalúrgicos do ABC paulista. Foi prefeito de São Bernardo do Campo por 2 mandatos (2009-2017) e é presidente do diretório petista no Estado de São Paulo. Também comandou o Ministério da Previdência Social de 2007 a 2008.
Na Previdência, Marinho qualificou servidores, trocou equipamentos e consertou unidades do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). “Além de continuar o trabalho dos ministros anteriores, como Ricardo Berzoini, aceleramos o processo e conseguimos conceder aposentadoria num prazo muito curto”, lembrou Marinho no Portal da CUT.
“Atingimos um estágio de excelência e agora destruíram tudo. Isso é um crime contra o cidadão, que pode morrer sem receber. O governo Bolsonaro deveria responder por improbidade”, defendeu.
Assim como Lula, Luiz Marinho foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ele exerceu o cargo por três mandatos, entre 1996 e 2003, quando assumiu a presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Dois anos depois, recebeu o convite para comandar o Ministério do Trabalho. No último dia 16, sete centrais sindicais divulgaram nota conjunta em apoio à sua indicação.
Marinho deixou o Governo Lula para concorrer a prefeito de São Bernardo (SP), cargo que exerceu por dois mandatos (2009 a 2016). Ele também é o atual presidente estadual do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.
Durante os trabalhos do Gabinete de Transição de governo, o Grupo Técnico que discutiu mercado de trabalho informou que vai propor o abandono das propostas do desgoverno Jair Bolsonaro que tratam da criação da chamada carteira verde amarela, que flexibiliza ainda mais as regras trabalhistas, e da reforma administrativa, que altera regras para os futuros servidores públicos.
Em entrevista recente ao jornal Valor Econômico, Marinho também afirmou que defenderá a revisão da Reforma Trabalhista implantada por Michel Temer. “Não é revogar simplesmente. É reconstruir, levando em consideração o momento que vivemos”, argumentou, ressaltando a situação dos trabalhadores de aplicativos.