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ELEIÇÕES 2022

Jair Bolsonaro contou 30 mentiras durante o 1º debate eleitoral

Após início do debate na Band, Bolsonaro passou a ser chamado de "mentiroso da República" por milhões de manifestações na internet

Debate na Band mal começou e Bolsonaro já é chamado de "mentiroso da República". Crédito: Reprodução/Youtube/Canal UOL

Na noite do domingo (28.ago.22), aconteceu o primeiro debate presidencial deste período eleitoral. Estiveram frente a frente, o lider nas pesquisas Lula (PT), o 2º colocado, Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebete (MDB) e Soraya Trhonicke (UB), essas duas últimas são senadoras por MS. Também esteve no debate o milionário Felipe D’Ávila (Novo), candidato mais rico, com patrimônio declarado de R$ 24,6 milhões, que virou meme ao se apresentar como “um cidadão como você”.  

A principal arma de Bolsonaro ao longo do debate foram ofensas misógenas e a mentira, ele chegou a inventar supostos “benefícios” que seu governo teria gerado aos brasileiros, o que na prática não existe. Veja abaixo quais foram as mentiras de Bolsonaro no debate e seus desmentidos.

Vamos lembrar que Bolsonaro chegou a dizer 20 mentiras duarnte os 40 minutos de sua entrevista ao JN, na segunda-feira (22). No debate de ontem ele passou a marca, emplacando 30 mentiras ao eleitorado.  

No Twitter, ontem, o termo “Mentiroso da República” figurou nos trending topics como um dos termos mais comentados no mundo. 

Isso porque, no primeiro embate entre Bolsonaro e o candidato Ciro Gomes (PDT), o candidato cearense questionou o atual presidente sobre uma fala recente em que ele afirma que não há pessoas passando fome no Brasil, sendo que há 33 milhões de famintos no país.

Bolsonaro respondeu que “alguns passam fome, mas não esse número exagerado”. 

Segundo a nova edição do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar da Rede Penssam, 33,1 milhões de pessoas estão na situação mais grave da insegurança alimentar no nosso país.

Ou seja, Ciro Gomes disse a verdade em seu questionamento a Jair Bolsonaro.

 

O publicitário Duda Lima está à frente da produção de peças de TV e rádio de Jair Bolsonaro (PL), como noticiou o UOL. É sabido, também, que Bolsonaro sempre ouviu o filho Carlos Bolsonaro, aliás, responsável pela formulação e operação do Gabinete do Ódio e da máquina de desinformação, fake news e ódio que fez o Brasil refém das mentiras da redes sociais em 2018 e, apesar dos inquéritos e investigações da Polícia Federal, nunca deixou de operar. 

Bolsonaro mente, pois o PT NÃO votou contra o Auxílio Brasil. Bolsonaro mente ao confundir, de propósito, a votação da PEC dos Precatórios (PEC 23/2021) com a votação do Auxílio Brasil (MP 1061). Os deputados petistas foram contra a PEC (que adia o pagamento de dívidas públicas que foram reconhecidas pela Justiça e muda o cálculo do teto de gastos), mas se posicionaram favoravelmente ao Auxílio. A Câmara aprovou a PEC dos Precatórios por 312 a 144 e, nessa votação, o PT e outros oito partidos orientaram votaram contra a proposta (de adiar o pagamento de dívidas públicas). Isso não significa que tenham sido contra o Auxílio. Sobre todo o episódio, é bom ficar claro que Bolsonaro e Paulo Guedes queriam dar R$ 200 reais de auxílio e só cederam após muita pressão da opinião pública e dos partidos de esquerda.  

A mentira sempre foi o motriz de Bolsonaro. Em 2021, por exemplo, em meio a sua gestão fracassada da pandemia, ele disse em média 7 mentiras por dia. Foi o uso desse modus operandi que ajudou ela a se eleger em 2018 e gerou um inquérito no STF, aberto por Alexandre de Moraes, para apurar as mentiras de Bolsonaro sobre vacinação e Aids. A mentira segue sendo sua única arma, tanto que a agência de checagem de notícias Aos Fatos mantém um contador das declarações falsas de Bolsonaro desde que entrou na presidência, até o momento Bolsonaro disse 6114. 

A gestão desastrosa de titulares de diversas pastas é prova por si só de que a incompetência é um marco dos homens elencados por Bolsonaro são como ele: ruins de serviço. Não só ele alçou políticos a ministros para cumprir acordos políticos como alguns de seus indicados nem sequer puderam se manter após serem desmascarados por mentir no currículo. 

Inspirado em Donald Trump, seu ídolo, Jair Bolsonaro inunda o YouTube de mentiras e golpismo contra o STF e as eleições, pore meio de suas declarações em tom de ameaças veladas de "liberdade de expressão". Bolsonaro ataca o STF e a democracia desde que assumiu o poder em 2018. Seu golpismo gerou ampla mobilização de diversos setores da sociedade. O Brasil já deu seu recado a Bolsonaro: não haverá espaço para ataques a instituições nem a poderes da República. 

Bolsonaro xingou o ministro do STF Alexandre de Moraes de “canalha”, além de proferir repetidas ofensas ao também ministro Barroso.

Não houve aparelhamento do Estado pelo PT. É o contrário: o bolsonarismo quem interfere diretamente na PF, trocando comando e delegados para impedir que investiguem os filhos de Bolsonaro; que interfere no MEC permitindo que políticos exijam propina em barras de ouro em troca de verbas públicas; entre outros inúmeros escândalos.

Damares Alves, outra mentirosa compulsiva como Bolsonaro, também gosta de usar informações falsas e já desmentidas para atacar Lula. Ela fez isso diversas vezes, usando o mesmo expediente. Palocci mentiu. Tentar reviver essas mentiras é desonestidade.

Lula e o PT foram exaustivamente investigados pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal que, no entanto, nada encontraram que comprovasse as acusações mentirosas contra o ex-presidente. Erra quem diz que o PT é um partido corrupto pois, como disse Lula na entrevista ao JN, nos governos petistas existia investigação e punição da corrupção. É o contrário do que faz Bolsonaro, colocando as diversas acusações contra sua gestão e os atos desonestos de seus filhos em Sigilo de 100 anos.

Bolsonaro boicotou as medidas de isolamento social quando ainda não existia vacina. Depois, boicotou a compra de vacinas, atrasando e não respondendo dezenas de ofertas da Pfizer. Em paralelo, seus gestores tentavam comprar vacina com propina, como a CPI da Covid confirmou.

Bolsonaro é o primeiro presidente desde a criação do Real a desvalorizar o Salário Mínimo. Com Bolsonaro, o poder de compra do trabalhador caiu, o país voltou ao Mapa da Fome e a precarização do trabalhador só aumentou.

Até 400 mil vidas poderiam ter sido poupadas durante a pandemia da covid-19 no Brasil se políticas efetivas de controle baseadas em ações não farmacológicas tivessem sido empregadas no país.

Pelo menos 61 milhões de brasileiros enfrentaram dificuldades para se alimentar entre 2019 e 2021; 15 milhões deles passaram fome. A pesquisa faz uma média do que aconteceu durante três anos. Entre 2014 e 2016 eram menos de 4 milhões em insegurança alimentar grave.

Pelo menos 61 milhões de brasileiros enfrentaram dificuldades para se alimentar entre 2019 e 2021; 15 milhões deles passaram fome. A pesquisa faz uma média do que aconteceu durante três anos. Entre 2014 e 2016 eram menos de 4 milhões em insegurança alimentar grave.

Pelo menos 61 milhões de brasileiros enfrentaram dificuldades para se alimentar entre 2019 e 2021; 15 milhões deles passaram fome. A pesquisa uma média do que aconteceu durante três anos. Entre 2014 e 2016 eram menos de 4 milhões em insegurança alimentar grave.

A Agência Lupa confirma que Bolsonaro mente ao confundir, de propósito, a votação da PEC dos Precatórios (PEC 23/2021) com a votação do Auxílio Brasil (MP 1061). Os deputados petistas foram contra a PEC (que adia o pagamento de dívidas públicas que foram reconhecidas pela Justiça e muda o cálculo do teto de gastos), mas se posicionaram favoravelmente ao Auxílio. A Câmara aprovou a PEC dos Precatórios por 312 a 144 e, nessa votação, o PT e outros oito partidos orientaram votaram contra a proposta (de adiar o pagamento de dívidas públicas). Isso não significa que tenham sido contra o Auxílio. Sobre todo o episódio, é bom ficar claro que Bolsonaro e Paulo Guedes queriam dar 200 reais de auxílio e só cederam após muita pressão da opinião pública e dos partidos de esquerda. 

Já reportamos diversas vezes como Bolsonaro mentiu, diversas vezes, sobre o fim do Auxílio. Apesar de espernear, o benefício durará somente até dezembro. Mais dinheiro para o povo, somente com Lula.

Os 13 anos dos governos Lula e Dilma resultaram em uma melhoria efetiva da vida do povo. Todos os indicadores sociais melhoraram, como mostra essa reportagem da Exame. A taxa de analfabetismo caiu e a expectativa de vida aumentou, por exemplo. A desigualdade também diminuiu. Com Lula e Dilma, 36 milhões de brasileiros saíram da pobreza.

O discurso eleitoral mudou com Bolsonaro no Planalto e o Centrão, um consórcio de partidos fisiológicos, tomou conta do governo, e de estatais com gordos orçamentos como a Companhia do Vale do São Francisco, a Codevasf. Como noticiou a Veja, apesar da ingerência de Bolsonaro na PT e do amplo uso de Sigilos de 100 anos, agora os escândalos de corrupção no governo Bolsonaro têm dinheiro vivo.

Como reportou a IstoÉ Dinheiro, comparar o lucro de R$ 135 bilhões das 187 empresas da União em 2021, sob o governo Bolsonaro, com os R$ 32 bilhões de prejuízo das estatais em 2015, sob gestão petista, é uma forma mal-intencionada de obter dividendos do dinheiro que não investiu e de tentar colher o que não plantou. O BNDES é um alvo recorrente de fake news contra o PT, insinuando que teria sido mal administrado: é mentira.

A adoção de um imposto sobre fortunas, associada a outras formas progressivas de tributação, poderia ajudar a reduzir desigualdades sociais, informa o site Nexo.

Segundo apuração da BBC, o Brasil recebe apenas 2% dos 2,3 milhões de venezuelanos expulsos pela crise. O fluxo de cerca de 500 pessoas por dia foi verificado antes de Bolsonaro ser eleito, em agosto de 2018. Pode parecer bastante, especialmente quando se considera a falta de infraestrutura em Pacaraima, uma das cidades mais pobres do país. Mas a realidade é que o Brasil não está entre os principais destinos dos migrantes venezuelanos.

A mortalidade infantil (crianças abaixo de cinco anos de idade) no mundo caiu pela metade entre 2000 e 2018, divulgou a OMS. Como noticiou o G1, o Brasil já cumpriu o objetivo inicial. O relatório da OMS aponta 14 mortes a cada mil crianças de até 5 anos de idade em solo brasileiro; para os recém-nascidos, foram 8 mortes a cada mil nascimentos.

Como o G1 noticiou, a CPI da Covid aprova relatório final, atribuiu nove crimes a Bolsonaro e pede 80 indiciamentos. Além disso, Bolsonaro também responde a processo no Tribunal Internancional de Haia, por acusação de genocídio indígena e ecocídio.

Michelle Bolsonaro vem sendo usada por Bolsonaro para tentar “limpar” a sua imagem, extremamente negativa, com mulheres. Tirando o véu da mentira, o que se sobressai na maneira como o governo Bolsonaro trata as mulheres é desprezo. O orçamento para programas que atendem mulheres despencou. Ou seja, orçamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos é o menor da Esplanada dos Ministérios. Piorou muito, também, a qualidade dos programas e políticas públicas em si. A gestão de Damares à frente da pasta foi errática, doutrinária e desrespeitosa com a diversidade das famílias e mulheres brasileiras.

Ao listar as supostas leis favoráveis às mulheres sancionadas por Bolsonaro, Michelle esqueceu de dizer que nenhuma foi proposta por ele, que apenas sancionou. Ou seja, não fez mais do que a obrigação. Michelle não citou as outras que, contrariando a vontade popular e campanhas intensas na sociedade, ele fez questão de vetar. Foi assim ao vetar a distribuição gratuita de absorventes para estudantes e presidiárias (o veto foi derrubado pelo Congresso). Ademais, apenas 46 dessas leis leis tratavam diretamente de mulheres: algumas as prejudicavam diretamente, como a lei sancionada por Bolsonaro que anistia os partidos que não aplicaram os recursos exigidos por lei para estimular a participação feminina.

Bolsonaro usa descaradamente o artifício do sigilo de 100 anos para esconder seus malfeitos. Esconde não apenas a sua carteira de vacinação: esconde quais foram as reuniões dos pastores corruptos do escândalo do MEC. Colocou sigilo na investigação contra seu ex-ministro Pazuello por participar de atos anti-democráticos; além de impedir a investigação de tráfico de influência de seus filhos.

Por meio do esquema do Orçamento Secreto, revelado no ano passado pelo Estadão, o governo destina recursos de emendas a aliados, sem critérios e transparência, para garantir apoio em votações no Congresso. Na prática, as emendas são controladas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, aliado de Bolsonaro.

A “nota” que Bolsonaro cobra só não foi assinada porque, antes de se consolidar, a corrupção escandalosa foi denunciada (por servidores públicos) em plena CPI da Covid. Se dependesse de Bolsonaro, teria sido feito. A corrupção está enraizada no governo.

Com Lula e a sanção da Lei Maria da Penha, calcula-se que mais de 300 mil vidas foram salvas entre 2006 e 2014, indicam dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Entre 2006 e 2015, contabiliza o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), houve uma redução de 10% na taxa de homicídios domésticos no país. Bolsonaro e sua ministra Damares, ao contrário, desmontaram e enfraqueceram políticas públicas que protegiam a vida das mulheres. O feminicídio aumentou no país, especialmente durante a pandemia.

Caso haja segundo turno, o debate entre os dois candidatos mais votados será no dia 9 de outubro.