GUERRA | INTERNACIONAL
Brasil: Interesse russo é legítimo
País diz que acompanha situação no Leste Europeu "com grave preocupação"
O Ministério das Relações Exteriores se pronunciou nesta 5ª feira (24.fev.2022) sobre o ataque da Rússia contra a Ucrânia e afirmou participa de diálogos para “uma solução pacífica”. O Itamaraty afirma que está acompanhando a situação no Leste Europeu “com grave preocupação”.
“O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil".
O governo brasileiro reconheceu os interesses russos na região.
Para o Itamaraty devem ser considerados os “legítimos interesses de segurança de todas as partes”.
Isso significa também os da Rússia, de impedir o avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Leste Europeu.
O Brasil é integrante não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Conselho se reuniu na 2ª feira (21.fev) para discutir a situação entre Ucrânia e Rússia.
A Organização das Nações Unidas (ONU) teve um bloco de discussões sobre a Ucrânia na Assembleia Geral na 4ª feira (24.fev).
A declaração do Itamaraty vem depois de uma viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Moscou. O chefe do Executivo brasileiro se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin. Antes da visita, Bolsonaro foi orientado a não introduzir o assunto na reunião com Putin. Mas, em 16 de fevereiro, durante a viagem oficial, Bolsonaro afirmou que, “por coincidência ou não” , a Rússia anunciou que iria retirar tropas da fronteira com a Ucrânia.
A declaração foi lembrada pelo ex-presidente Lula (PT) nesta 5ª feira (24.fev).
O presidente Bolsonaro não se pronunciou sobre o ataque da Rússia contra a Ucrânia até a publicação desta reportagem.