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CINEMA

Satyricine Bijou, 100% online, é parte de projeto que restaura sala de cinema em SP

Festival de cinema é organizado pelo grupo Os Satyros em memória à época de exibições na sala perto da Praça Roosvelt

Festival acontece entre os dias 22 e 29 de setembro - (Divulgação)

Próximo ao fim do mês, nos dias 22 e 29 de setembro, acontece de forma 100% virtual o Festival Satyricine Bijou, que faz parte do Projeto de Reabertura do Cine Bijou em São Paulo. Produções recentes feitas no cenário nacional, serão exibidas em quatro Mostras. 

Com exibições pela plataforma Sympla Play, cada filme permanece disponível ao público pelo período de 03 a 07 dias. Essa primeira edição do festival conta com as Mostras: Competitiva, Mostra do Novo Cinema Brasileiro, Mostra Memória e Mostra Atravessando o Fim do Mundo.

Segundo informações da SP Escola de Teatro, o juri é composto pelos nomes dos cineastas: Silvio Tendler, Alain Fresnot, Hsu Chien Hsin, a cineasta e produtora Júlia Barreto, os jornalistas e críticos Daniel Schenker e Miguel Arcanjo e as atrizes Nicole Puzzi e Arly Arnaud.

MEMÓRIA 

Cine Bijou (1962-1996) foi uma das salas de cinema mais emblemáticas de São Paulo, resistência artística durante época da ditadura. Sua reabertura potencializará o complexo cultural e de lazer da Praça Roosevelt onde está localizado, formado por inúmeros teatros, bares e restaurantes, além da SP Escola de Teatro.

Esse cinema terá estrutura moderna, com excelência técnica garantida, mantendo a antiga sala e sendo preservada preservada a ideia de um espaço alternativo, democrático e aconchegante para o convívio do público e artistas. 

Segundo a organização, haverá exibição regular de filmes de arte e autorais de todas as partes do mundo, tendo abertura para inovações e experimentações ligadas ao audiovisual, assim como, a participação nas principais Mostras e Festivais que acontecem anualmente na cidade. 

Fundado por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, o grupo Os Satyros é responsável pela gestão do projeto, que não conta com qualquer participação de empresa ou instituição.

"O Festival tem como compromisso o diálogo entre as gerações do cinema brasileiro, visibilizando obras imortalizadas na história da arte, trazendo filmes relevantes da cena atual e abrindo espaço para novas apostas do cinema alternativo e independente, através de uma mostra competitiva", declarou Ivam a respeito da iniciativa do Satyricine.

MOSTRAS SATYRICINE

Serão mais de 83 filmes exibidos, e entre os trabalhos exibidos estão: “A Idade de Terra” de Glauber Rocha, com Tarcísio Meira; “O Padre e a Moça”, de Joaquim Pedro de Andrade, com Paulo José; “São Paulo SA”, de Luis Sérgio Person, com Eva Wilma; “O Casamento”, de Arnaldo Jabor, com Camila Amado; e “Luz nas Trevas”, de Helena Ignez, com Sérgio Mamberti, “Mulher Oceano”, de  Djin Sganzerla e  “Cidade em Transe”, de Márcio Pereira Santos, “Praia do Futuro”, de Karim Aïnouz, e “A Filosofia na Alcova”.

Na Mostra Competitiva serão produções, longas e curtas, dos últimos dois anos, que foram feitas por novos diretores que estão no seu primeiro ou segundo filme. 

Já a Mostra do Novo Cinema Brasileiro, também com longas e curtas, trará filmes significativos de diretores que surgiram neste século e vêm se firmando no cenário nacional e internacional.

A Mostra Memória vai homenagear cinco grandes atrizes e atores que se foram recentemente apresentando filmes clássicos com a participação de: Eva Wilma, Paulo José, Camila Amado, Tarcíso Meira e Sérgio Mamberti.

A Mostra Atravessando o Fim do Mundo traz filmes inéditos de de diretores jovens de olho no futuro.