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MANIFESTAÇÃO PACÍFICA | ANTI-BOLSONARO

Mesmo sem receber R$ 100, manifestantes gritam fora Bolsonaro na Capital de MS

Ato que acontece há 27 anos aproveitou data para confrontar atos pró-ditadura que ocorreram pela manhã

Manifestantes lotaram a 14 de Julho, no Centro de Campo Grande. Foto: Tero Queiroz

Centenas de manifestantes lotaram as ruas 14 de Julho e 13 de Maio em manifestação contra Jair Bolsonaro (sem partido) nesta terça-feira (7.set.21) em Campo Grande (MS). A todo momento eles lembravam que todas as pessoas ali presentes não receberam R$ 100 para estar no ato, como fizeram os movimentos pró-Bolsonaro que teriam levado pessoas em ônibus com tudo pago até Brasília (DF) para assim manifestar em favor de Bolsonaro. “Aqui ninguém recebeu ‘cem reais’, aqui estamos pela democracia. Estamos aqui para lutar pelos trabalhadores. Hoje eles foram para a Afonso Pena em seus carros de luxo, nós aqui mesmo à pé estamos respeitando o distanciamento em favor da ciência, aquela que Bolsonaro nega”, dizia uma manifestante sobre um trilho elétrico em meio a centenas de pessoas. 

Liderança apontou que bolsonaristas receberam R$ 100 para manifestar em favor de Bolsonaro. Foto: Tero Queiroz

A manifestação teve início às 15h e estava prevista para terminar na Praça do Rádio, apoiadores de Bolsonaro, porém, não quiseram deixar a praça local ocupada por eles pela manhã. Tal situação levou as lideranças do movimento pacífico contra Bolsonaro a mudarem de rota, e decidiram por retornar à Praça Ary Coelho, local onde teve início o ato com fala de personalidades da política e lideranças de movimentos estudantis antifascistas.

Manifestantes anti-Bolsonaro foram obrigados a voltar pela 13 de maio para evitar confronto com os pró-Bolsonaro. Foto: Tero Queiroz

A principal pauta da manifestação anti-Bolsonaro é o aumento gasolina, miséria, baixo salário, mortes pela Covid, entre diversos outros assuntos que devastam a população carente do país.

Grupo manifestou se dividindo em três filas. Todos usavam máscaras. Foto: Tero Queiroz

Durante o trajeto percorrido, passando pelas vias Maracaju, Dom Aquino, Barão do Rio Branco havia diversas pessoas trabalhando, que ainda assim gritavam fora de Bolsonaro. Alguns lojistas fecharam quando passava o movimento pacífico, outros, ao notarem a organização, mantiveram as portas abertas.  

Manifestantes passam em frente a loja Pernambucanas da 14 de Julho, em Campo Grande. Foto: Tero Queiroz

Apesar de não terem sido perturbados no seu ato pela manhã, alguns veículos com pessoas pró-governo foram até os manifestantes anti-bolsonaro e tentaram criar conflitos, que não teve adesão, com isso, não houve confusões e o ato encerrou-se no início da noite na Praça Ary Coelho, tendo reunido pouco mais de 3 mil pessoas. 

Manifestante pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro. Foto: Tero Queiroz

Realizado desde 1995 no dia 7 de setembro, o ato “Grito dos Excluídos” é um movimento que acontece há 27 anos e em todas as Capitais brasileiras, esse ano, porém decidiu-se por usar a data para confrontar os atos financiados pelo governo. Apesar de investir pesado, o governo federal consiguiu mobilizara pessoas em 15 cidades Brasileiras.  

'Grito dos Excluídos e Excluídas' acolheu manifestação contra Bolsonaro. Foto: Tero Queiroz

Nesta edição do "Grito dos Excluidos", o lema foi "Vida em Primeiro Lugar" e participaram mais de 300 mil pessoas em 200 municípios em território nacional e estrangeiro, conforme estimativa da Campanha Nacional "Fora Bolsonaro", agremiação de mais de 80 entidades que convocam manifestações desde maio deste ano. 

Antes do início do trajeto pelas ruas, algumas personalidades discursaram na Praça Ary Coelho. A vereadora Camila Jara (PT-MS) discursou. “O povo brasileiro não aceita mais a miséria, a fome, não aceita mais que dinheiro público seja jogado no ralo. Nós vamos para a rua e não vamos sair. Fora Bolsonaro, viva o povo brasileiro, viva a classe trabalhadora e viva ao Brasil”, disse. 

Vereadora de Campo Grande, Camila Jara, gritando "fora Bolsonaro". Foto: Tero Queiroz

Em Campo Grande o ato foi encerrado no início da noite com um culto ecumênico (que contempla todas as religiões), na ocasião, pediram em orações e rezas para que o pobre brasileiro voltasse a ter comida na mesa, lembrando que o Brasil voltou para o Mapa Mundial da Fome, na gestão de Jair Bolsonaro. O país havia saído desse Mapa, durante o governo de Luís Inácio Lula da Silva, o Lula. 

Veja na galeria abaixo, outras imagens, da manifestação assim como outras personalidades políticas: