CRIME | CAPITAL
Diego atropelou e executou pitbull com 6 tiros; 'preconceito com a raça'
O pitbull era dócil e as crianças pediam para brincar com ele; homem disse que matou cachorro por 'receio'
Diego pegou um revólver calíbre 38 em (19.ago.2021) e disparou 6 vezes contra Zeus, um cachorro da raça pitbull, morador do Parque Residencial Iracy Coelho Netto, no Jardim São jorge da Lagoa, em Campo Grande (MS). O animal morreu antes que pudesse ser socorrido. O atirador disse que matou o cachorro por 'receio'. A polícia, no entanto, não divulgou a íntegra do depoimento do homem, que era vizinho da tutora de Zeus.
Nesta sexta-feira (27.ago.2021), o delegado Marcio Barboza, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista (Decat), informou que Diego será indiciado por maus-tratos e porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com Marcio Barboza, pouco mais de 27h após a execução de Zeus, equipes de investigação se deslocaram até o residencial, onde foi apreendido o revólver, além de serem localizados ainda 3 projéteis e 1 fragmento de munição no local (imagens acima).
A tutora do animal, Emília Rodrigues, disse que o pitbull era dócil e as crianças pediam para brincar com ele. O fato aconteceu pouco depois de o cachorro brincar com as crianças. Zeus, durante a brincadeira, chegou a pular em uma criança, mas não provocou ferimentos, diz a tutora.
Segundo boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Pronto Atendimento do Centro (Depac), Sonia Regina Alves, de 51 anos, disse que às 12h do dia 19 de agosto, Zeus teria mordido o braço direito do filho de Sonia, Eduardo Alves Adorvino Gomes, de 19 anos. A idosa, porém, disse que ao gritar com Zeus, ele deixou o rapaz e voltou sozinho para dentro de casa, na ocasião, a denunciante disse que o portão estava aberto e Emília não estava no imóvel. Outra vizinha teria apontado um susposto ataque de Zeus, mas não quis registrar boletim e em ambos os casos não foi informados algum corpo de delito que comprove as narrativas.
Diego teria atropelado o cachorro e o matado, diz a tutora, apenas por preconceito com a raça do animal.
Em sua fala, após indiciar o acusado, que não foi identificado por completo, o delegado apontou: "investigação quase concluída".