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CRUELDADE | DOURADOS (MS)

Nu, corpo de criança é achado ao lado de paredão de 20 metros em pedreira

Menina indígena era procurada pela família desde ontem (8.ago)

Criança morreu após queda de altura de 20 metros em paredão de pedreira. A imagem do paredão é do site Dourados News.

O corpo de Raissa da Silva Cabreira, menina indígena da etnia Kaiowa de apenas 11 anos, foi achado nesta segunda-feira (9.ago) ao lado de um paredão de pedras de 20 metros numa pedreira desativada, localizada entre as aldeias Bororó e Jaguapiru, região de Reserva Indígena de Dourados (MS).

A polícia diz que o cadáver estava nu e suspeita-se que ela tenha sido estuprada. Ela também pode ter sido arremessada do alto até o local onde o corpo estava. Haviam manchas de sangue em uma pedra pontiaguda, indicando que foi ali que ela bateu a cabeça, orientando forte impacto.  

De acordo com a polícia, o corpo da pequena foi encontrado por familiares que saíram à procura da criança por ela não ter voltado para casa desde ontem à tarde.

SUSPEITOS - Nesta segunda (9.ago) quatro adolescentes suspeitos do crime foram detidos e levados para a delegacia para serem ouvidos.

CENA DO CRIME - A polícia suspeita que antes de ser violentada e morta, a criança teria sido vista consumindo bebida alcoólica com um parente, isso, ontem à tarde. As vestes da criança estavam no alto do paredão.

Peritos da Polícia Civil que estiveram no local constataram sinais de abuso sexual. Ao redor da cena de crime havia ainda, diz a polícia, uma construção antiga que foi isolada para ser analisada sob a suspeita de ter sido usada para prática do crime sexual contra a criança.  

DESCASO - Sem assistência devida, os indígenas de Dourados estão enfrentando descaso do poder público. A proibição de venda de bebidas nas aldeias só vigora no papel, pois, no cotidiano a venda ocorre indiscriminadamente, assim como a comercialização de drogas, devido o fácil acesso na região de fronteira.

AUTORIDADE - O MS Notícias tentou falar com o delegado do caso para saber se há mais detalhes acerca do crime. Na 1º Delegacia, uma policial que atendeu a ligação da reportagem disse que o delegado estará em reunião a tarde toda e que não poderia atender a imprensa neste momento.