Dona de casa que espera transplante vai à Justiça cobrar medicamento
A dona de casa sidrolandense Luzia Aparecida de Araujo Figueiredo, 33 anos, é uma dos 400 pacientes com insuficiência renal em Mato Grosso do Sul, que dependem de hemodiálise para sobreviver, na fila de espera por transplante de rins.
[caption id="attachment_12492" align="alignright" width="300"]Há três anos ela convive com a rotina de viajar três vezes por semana para fazer hemodiálise em Campo Grande e agora foi obrigado a recorrer à Justiça para cobrar da Prefeitura e do Governo do Estado um medicamento (o Zemplar Paricalcitol) que ela com a renda de um salário mínimo (fruto de um benefício pago pela Previdência Social) não têm condições de pagar porque não é oferecido na farmácia básica da Secretaria de Saúde.
Conforme a recomendação médica ela precisa usar 12 ampolas por mês desta medicação que gera um custo mensal de R$ 717,90. A defensora pública Thaisa Raquel Medeiros entrou com ação com pedido de liminar na qual pede ao judiciário que determina em 48 horas a Prefeitura a compra do remédio ou bloqueio judicial mensal desta importância para garantir sua aquisição.
No último dia 15 a juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, antes de tomar sua decisão, pediu o parecer da comissão de peritos do Tribunal de Justiça para avaliar o embasamento técnico desta solicitação.
O Zemplar Paricaltiol é um ativador seletivo dos receptores de vitamina D que é indicado para o caso de Patrícia porque conforme sustenta a defensora na ação, “é a única forma de tratamento clínico possível, evitando ou postergando um tratamento cirúrgico e suas morbidades”. Seu quadro atual pode evoluir para complicações cardiovasculares, insuficiência arterial periférica, conforme atestam os médicos.
O medicamento disponibilizado pelo SUS, o calcitriol, “produz efeitos indesejados que impedem a continuidade do tratamento de hiperparatireoidismo secundário”.
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