AMADO BATISTA
Justiça dá 15 dias para cantor explicar acusações feitas contra Lula e os filhos
O cantor bolsonarista fez acusações sem provas em programa de rádio
O Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou que o cantor Amado Batista seja notificado e explique no prazo de 15 dias sobre declarações de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus filhos teriam praticado roubo durante os governos petistas.
O cantor bolsonarista afirmou durante o programa “Frente a Frente”, transmitido pela Rede Nordeste de Rádio. “Antes do Bolsonaro, o dinheiro brasileiro era investido para ajudar países comunistas”, afirmou o apresentador Magno Martins, que disse citar o ministro do Turismo, Gilson Machado.
O ex-presidente Lula ingressou com a interpelação judicial e pedido de explicações no dia 28 de junho, ontem (5.jul), o juiz José Anchieta Felix da Silva, da 5ª Vara Criminal da Capital, determinou a notificação do cantor.
Amado, que apoia e fez campanha para Jair Bolsonaro emendou a fala do apresentador fazendo as seguintes acusações: "Além de roubar pra caramba, né? Além de ter roubado pra caramba. Existem pessoas que eram pobres antes do comunismo aqui, antes da esquerda, e que estão milionários hoje", disse o cantor.
O jornalista questionou se o ex-presidente Lula se encaixava na condição descrita pelo cantor -que confirmou. "Com certeza. Tanto ele quanto os filhos dele, né?"
Fábio Luís Lula da Silva, conhecido pelo apelido de Lulinha, ingressou com queixa-crime por injúria contra Amado Batista. Além de acusar o ex-presidente, o cantor ainda chegou a afirmar na entrevista que um dos filhos de Lula é latifundiário. "É só ir pro Pará, lá pro Mato Grosso, para vocês verem. Ao vivo e a cores."
A queixa-crime apresentada à Justiça diz que, por causa das declarações do cantor, o filho do ex-presidente foi obrigado a assistir injusta ofensa contra si e contra seus familiares.