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ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Fora de rede esgoto, população pede que Águas termine trabalho começado há 4 anos

Nos trechos "deixados para trás", moradores do Coophasul ainda usam fossas que trazem mau cheiro, problemas e despesas

Foto acima foi divulgada pela concessionária, em meados do mês passado, sobre obras de esgoto nas regiões dos bairros da Vila Nasser, Nova Campo Grande e Rita Vieira - (Águas Guariroba)

Moradores de um trecho do Coophasul, localizado na rua Cotegipe, vivem o transtorno de quem ainda não faz uso do serviço da rede de esgoto, prestado pela concessionária Águas Guariroba. Após quatro anos desde que foi instalada a rede de esgoto pelo bairro, a saída do problema para alguns moradores que foram deixados para trás, ainda hoje, é manter o uso de fossas e até abrir novas, diante da incerteza de quando o serviço será terminado.

Através de contato com a equipe do MS Notícias, uma moradora da região, que prefere manter o anonimato, disse que quem sofre com o transtorno das fossas que transbordam, e podem contaminar toda a rede de abastecimento local, é a própria mãe, de 78 anos.

"Lá eles não cobram a taxa de esgoto. Na época alegaram que parece que acabou a verba para eles terminarem de fazer e daí ficou por isso mesmo. Ela manda esvaziar a fossa de manhã e quando chega de tarde ela já está cheia. Então vai ter que fazer outra, porque são duas que não prestam mais e estão transbordando, não tá servindo e não dá pra usar'.

Por meio de sua assessoria, a concessionária alega que "em um cenário macro da região, nós temos rede de esgoto na maioria do Coophasul" e, sobre a demora para início das obras e conclusão do trabalho, explica que houve uma readequação de cronograma junto ao município. Ainda em meados do mês passado, a Águas Guariroba divulgou o início de obras de implantação da rede de coleta de esgoto nas regiões dos bairros da Vila Nasser, Nova Campo Grande e Rita Vieira em Campo Grande.

A denunciante revela que, para cada vez que vai esvaziar a fossa, a mãe gasta R$250. "É um dinheiro que tá indo semanalmente. Que para não ficar vazando teria que ser um dia sim outro não. Se não forem fazer o esgoto vai ter que fazer outra fossa", conta.

Ainda segundo a moradora, outros vizinhos também fizeram reclamações junto à concessionária. Receberam a resposta de que não tinham nem ideia de quando o pedaço que está faltando seria concluído.

O QUE DIZ A LEI

De acordo com o Art. 10, do Decreto (nº 14142) de 12 de fevereiro de 2020 - que trata do Regulamento dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água, de Coleta e de Tratamento de Esgoto em Campo Grande-MS:

"Não será permitida a utilização de fossas ou outras formas para esgotamento sanitário em locais ONDE ESTIVER DISPONÍVEL A REDE COLETORA DE ESGOTO, conforme art. 45, § 1º, da Lei Federal nº 11.445/2007, sendo que":

Ainda, segundo texto do decreto, os usuários do serviço da Águas Guariroba, com o intuito de regularizar a situação das fossas, podem pedir auxílio na conversão do sistema de esgotamento sanitário. O valor pelo serviço será cobrado de acordo com a tebela de serviços e de irregularidades, que podem ser encontradas CLICANDO AQUI.

Segundo informações da Águas Guariroba, os moradores da região do Coophasul que ainda esperam a instalação da rede de esgoto não ficarão encarregados da tarifa (de R$ 835,89). "Essa condição é apenas estabelecida se o morador tem disponibilidade de rede em seu endereço, não se conectou e ainda utiliza fossa, por exemplo", finaliza a concessionária. 

A empresa disse que já há um cronograma para que o esgoto 'passe' no trecho que faltou fazer a instalação.  “Referente à implantação de rede de esgoto na extensão da Rua Cotegipe, região do Coophasul, a Águas Guariroba já possui um cronograma de obras para o local com previsão de início até o final deste mês”, finalizou.