RIO MIRANDA | TRAGÉDIA
Identificado, Carlos morreu atingido por barco conduzido por piloto irregular
Embriagado, suspeito fugiu após o incidente mais foi encontrado, ouvido e liberado; piloto irregular têm cargo no governo
É Carlos Américo Duarte, de 59 anos, o nome do pescador que morreu no sábado (1º. maio) ao ser atingido pelo condutor de uma lancha que entrou em alta velocidade numa curva no encontro dos rios Aquidauana e Miranda, região conhecida como Touro Morto.
O suspeito estaria embriagado e tentou fugir, mas foi preso, ouvido e liberado, pois, segundo testemunhas, trata-se de um funcionário do Governo de Mato Grosso do Sul.
O nome do suspeito, porém, é mantido em sigilo, assim como as circunstâncias do acidente.
No incidente ainda tiveram mais duas vítimas com ferimentos, uma delas é o filho de Carlos, um homem de 30 anos, que foi socorrido com ferimentos e está em estado estável.
O filho relatou à polícia que o barco em que eles estavam realizava uma curva, quando outra embarcação que vinha na direção oposta ‘atropelou’ o barco. A lancha estaria na via errada, na espécie de contramão de que deveria seguir. O piloto do barco em que as vítimas estavam teve ferimentos graves e foi levado ao hospital de Miranda.
Não há informações suficientes que indique o exato cargo ocupado pelo suspeito. Segundo o site MídiaMax, trata-se de um servidor da Casa Civil do Governo de Mato Grosso do Sul, que seria genro de parlamentar.
Conforme depoimentos, o suspeito ao notar que havia matado Carlos, passou a jogar algumas garrafas de bebida que estavam na lancha, arremessando-as contra a água.
Na sequência o autor fugiu, mas acabou localizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) seguindo numa camionete Hilux pela BR-262. No carro estavam a mulher e os filhos, que também estavam na embarcação. Uma das filhas do autor teria passado mal, visto que estava na embarcação e presenciou todo o ocorrido.
Preso, o piloto irregular, sem autorização para pilotar, confessou que havia bebido, mas não quis fazer o teste de bafômetro. O suspeito foi levado para a delegacia e ouvido e liberado na sequência.
Ele responderá pelo homicídio culposo e também por duas lesões corporais culposas, mas o caso segue em investigação.
A polícia diz que ainda é cedo para apontar quais dos dois veículos marítimos cometeram avanços nas leis que levaram à colisão fatal. Ambas as embarcações serão periciadas.
O caso foi colocado em segredo de Justiça.