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"Justiceiros da Fronteira" destroçam crânio, decepam mão de Emílio e avisam: "É só o começo!"

Homem sequestrado ontem na fronteira foi achado morto na manhã deste sábado (6.mar.21)

Bilhete deixado ao lado do corpo do jovem achado morto neste sábado em Ponta Porã (MS) - Reprodução | Última Hora

Emílio Garcia Paredes, de 31 anos, que havia sido sequestrado por quatro bandidos armados na noite de ontem (5.mar.21) em Pedro Juan Caballero, foi encontrado morto em frente ao clube de laço de Ponta Porã (MS) na manhã de hoje (6. março.21). As cidades fazem fronteira seca entre Brasil e Paraguai.

Segundo a rádio paraguaia Oasis, Paredes foi executado por um grupo de extermínio autodenominado “Justiceiros da Fronteira”.  A vítima tinha várias passagens por furto, devido a isso, segundo bilhete deixado pelos executores, ele foi torturado, teve as mãos decepadas, para só na sequência ser morto a tiros. O crânio de Emílio foi destroçado pelos tiros, possivelmente de fuzil.

O corpo foi "desovado" no portão do Clube do Laço às margens da BR-463, saída para Dourados. Pessoas que passavam pela estrada hoje de manhã encontraram o cadáver.

Ao lado do corpo foi deixado o aviso com frases escritas em espanhol: “Justiceiros da Fronteira''. Não roubar na fronteira. Vamos pegar cada um. É só o começo!”, alertou.  

O grupo de extermínio já agiu em novembro de 2019, quando executou Dagmar Cleidson Fêo, de 26 anos, e João Vitor Barrios Hirakawauchi, de 19 anos, ambos em Ponta Porã. Os dois faziam parte de uma quadrilha que vinha praticando assaltos na fronteira. 

Em setembro do ano passado, o grupo voltou à ativa quando executaram Lucas Valdez Ramírez, de 18 anos, após o jovem praticar furtos.