"LAMBUZADOS"
Após 'escândalo' do leite condensado governo tira site da Transparência do ar
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ameaçou entrar na Justiça para cobrar explicações sobre os "gastos absurdos"
Depois da polêmica envolvendo a lista bilionária de compras da gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), o Portal da Transparência do governo federal saiu do ar na noite desta terça-feira (26.jan.21). De acordo com o apurado pelo portal Metrópoles, órgãos do executivo pagaram R$1,8 bilhão em alimentos. O MS Notícias falou sobre ontem à noite (Clique para ver a lista de gastos).
Eduardo Bolsonaro virou motivo de piada nesta 4ª-feira (27.jan.21) após usar suas redes sociais para sair em defesa de seu pai sobre o gasto exorbitante de R$15 milhões apenas com leite condensado, entre outros itens como bombons e chiclete.
Segundo Eduardo: “o item [leite condensado] é um produto calórico indicado a quem faz muitas atividades físicas e serve de base para a elaboração de vários outros alimentos comuns a mesa dos brasileiros como bolos”.
Eduardo ainda ressaltou a importância do item para as Forças Armadas. "Ora, o MD abriga as Forças Armadas e seu efetivo de 334.000 homens e mulheres do serviço ativo. Com este valor poderia-se comprar pouco mais de 6.500 latas de leite condensado/dia, algo bem razoável para uma tropa de 334.000 militares".
Apesar disso o filho de Bolsonaro não soube explicar por qual motivo cada unidade da lata do leite condensado custou cerca de R$ 162 reais. O valor de mais R$ 15 milhões equivale a 7.200 latas por dia, gasto pelos bolsonaristas.
Até às 7h300 desta 4ª-feira (27.jan), o portal ainda estava fora do ar. O governo ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.
O deputado David Miranda (PSOL-RJ) protocolou uma ação pedindo que o procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue o gasto de R$ 1,8 bilhão do governo federal em alimentos e bebidas no ano de 2020, um aumento de 20% em relação a 2019.
O parlamentar solicita que o órgão apure os fatos e responsabilize o presidente Jair Bolsonaro. Também assinam o documento as deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Vivi Reis (PSOL-PA).
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ameaçou entrar na Justiça para cobrar explicações sobre os “gastos absurdos”.
"Entrarei na justiça para pedir explicações sobre os gastos absurdos do Bolsonaro! Mais de R$ 15 milhões em Leite Condensado e Chiclete com dinheiro público? Isso é corrupção!", escreveu em uma rede social.