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GESTÃO E POLÍTICA

Com fôlego de caixa, Azambuja fortalece governo e impulsiona Riedel para 2022

Se for confirmada a demissão do vice Murilo Zauith da Secretaria de Obras, titular da Segov é a opção para a vaga

Esse é Eduardo Riedel - Saul Schramm | Segov

Com um surpreendente fôlego de caixa, que vem assegurando os pagamentos em dia dos servidores e deu lastro para mais um "pacote" de investimentos, próximo dos R$ 5 bilhões, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) inicia 2021 com o olhar ainda mais atento nas projeções das demandas políticas e administrativas que o desafiam.

Pressionado pela crise financeira conjuntural e pelos efeitos da pandemia da Covid-19, o governador tem conseguido fazer sua gestão avançar. Com os resultados das eleições municipais, ele adquiriu novos elementos para melhorar sua musculatura política e partidária, inclusive para controlar inevitáveis desencontros originados pelas agendas eleitorais e partidárias, com impactos na própria administração.

É isso o que sugerem informações transmitidas por fontes do MS Notícias com trânsito nos bastidores do Parque dos Poderes. Elas dão conta de mudanças dentro da administração estadual, basicamente com foco na melhoria de desempenho em algumas áreas e também para vitaminar o projeto de fazer de Eduardo Corrêa Riedel, titular da Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégia (Segov), o candidato à sucessão em 2022.

OBRAS

De acordo com as mesmas fontes, Riedel é a opção de Azambuja para substituir o vice-governador Murilo Zauith (DEM) no comando da Secretaria de Obras. Seriam então duas construções inteligentes para pavimentar o projeto do governador: uma é a investidura do titular de Segov na pasta que cuida da execução dos investimentos em infraestrutura, e outra é o lançamento do megapacote de obras que beneficiará todos os municípios, aliás está uma das marcas registradas de Azambuja.

Alguns desenhos e possibilidades prosperam dentro desse quadrante. Um efeito que se delineia é a necessidade tática que pode levar Riedel a deixar o PSDB e vestir novo uniforme partidário para viabilizar a candidatura. Já se falou muito no DEM e na receptividade da ministra Tereza Cristina à ideia. Contudo, os democratas também giram em torno de outra três lideranças: o próprio Murilo Zauith, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta e o deputado estadual Zé Teixeira.

De qualquer forma, aquilo que era ensaio no primeiro mandato de Azambuja tornou-se realidade com sua reeleição e melhorou as perspectivas nas disputas municipais. Nelas, o PSDB elegeu 37 prefeitos. Todavia, essa conta vai mudar em breve, com as adesões de oito a 10 chefes de executivos municipais.

PEDRA DE TOQUE

A motivação com a melodia tucana é das mais evidentes. Os gestores municipais estão sufocados pelas dívidas que suas prefeituras acumulam, sobrecarregadas pelos impactos da pandemia, e têm nos investimentos estaduais a sua principal pedra de toque, garantidores concretos de ações positivas e de enorme visibilidade diante dos seus munícipes.

Além do próximo "pacote" de obras a ser lançado, Reinaldo Azambuja ainda semeou investimentos em outros setores. Um dos exemplos desta safra é o recém-lançado Plano Estadual de Combate a Incêndio Florestal. Os municípios do Pantanal e as regiões castigadas pelos incêndios agradecem. Serão investidos R$ 56,6 milhões de recursos próprios na compra de veículos e equipamentos, incluindo um avião Air Tractor, modelo norte-americano capacitado para combate de alta precisão a incêndios florestais, além de treinamento dos bombeiros.

Ao plano se integram outras ações do Governo do Estado, como o Programa de Manejo do Fogo, em discussão. E a quem faz a leitura detalhada de tudo isso, não escapa a importância, cada vez mais valorizada, do papel que vem sendo exercido por Eduardo Riedel na elaboração estratégica e no acompanhamento dos resultados. É por ele, agora com maior intensidade, que está girando a dinâmica empreendedora e resolutiva da gestão estadual.