TRABALHO | INTERIOR
5 mil indígenas de MS serão recrutados para trabalhar na colheita de maçã no RS e SC
Serão selecionados indígenas moradores de Aquidauana, Miranda, Iguatemi, Amambai e Caarapó
Ontem, 25 de novembro, a Fundação do Trabalho de MS (Funtrab) realizou a reunião onde explanou as condições de contratações e acertos necessários dando assessoria jurídica aos interessados pelas vagas. Conforme a entidade, mês que vem [dezembro] 5 mil indígenas serão contratados para trabalhar na colheita de maçã nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A ação vem sendo realizado desde 2015, por meio de uma parceria entre Governo do Estado, Ministério Público do Trabalho (MPT), Comissão Permanente de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho e Coletivo dos Trabalhadores Indígenas.
Na reunião de ontem a Funbtrab e órgãos decidiram como seriam os recrutamentos diferenciados, triagem para saber se há algum trabalhador com suspeita de Covid-19 no envio, transporte adequado, alojamento, refeitório e área de convivência readaptado, uso de máscara, álcool em gel, aferição de temperatura, distanciamento de 1,10cm, controle na entrada das fazendas, e em casos suspeitos testagem e acompanhamento, se positivo terá tratamento e isolamento com monitoria.
Serão selecionados indígenas moradores de Aquidauana, Miranda, Iguatemi, Amambai e Caarapó. Por medida de biossegurança, foram selecionadas lideranças indígenas para fazer a sondagem dos trabalhadores disponíveis nas aldeias, com o preenchimento de um formulário manual e a documentação necessária. Após essa etapa, segundo a Funtrab, será repassado para os gestores das Casas do Trabalhador do local para a realização do cadastrado informatizado no Portal Mais Emprego, com isso evita aglomeração dentro das agências.
Participaram da reunião os representantes de seis empresas do cultivo da maçã do RS e SC, o diretor-presidente da Funtrab, Marcos Derzi, o coordenador do trabalho da Funtrab, Antônio Modesto, o procurador do MPT (Ministério Público do Trabalho) Jeferson Pereira, o presidente da ATIN (Associação do Trabalhadores Indígenas) José Carlos Pacheco, e a secretária executiva da Coetrae/MS (Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo no MS), Rosália Aparecida Ferreira da Silva, o membro do IDHMS (Instituto de Direitos Humanos), Maucir Pauletti, dentre outros participantes .